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Milão-Cortina

Sonhos de uma noite de inverno

A 4 meses de Milão-Cortina 2026, atletas que buscam competir nos Jogos Olímpicos vestindo verde e amarelo pela primeira vez sentem o sangue brasileiro ferver

Por Comitê Olímpico do Brasil

6 de out, 2025 às 12:28 | 3 minutos de leitura

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Faltam 4 meses para os Jogos Olímpicos de Inverno Milão-Cortina 2026 e para alguns brasileiros, este pode ser o início de uma nova vida. É o caso do snowboarder Pat Burgener e do esquiador alpino Lucas Braathen, que seguem atrás da classificação para a Itália nesta reta final da temporada. Ambos têm origens no Brasil por conta de suas mães e tomaram a decisão de competir pelo país. Algumas vezes se confundindo com uma palavra e em outras, celebrando a torcida, os dois se sentem cada vez integrados à cultura nacional e garantem: querem deixar suas marcas no esporte.

“Desde que eu decidi fazer essa transição, eu falo todos os dias com a minha mãe. Ela está muito feliz. E eu me sinto honrado. Sinto que é uma grande oportunidade, é uma nova jornada, um novo time, eu tenho um novo técnico agora”, conta Pat Burgener, que competindo pela Suíça tem duas medalhas em campeonatos mundiais. 

Já Lucas Braathen compete pelo Brasil desde o ano passado e já conquistou três pratas e dois bronzes no circuito mundial desde então. Filho de pai norueguês, país que representou no começo de sua carreira, ele não esconde a expectativa para esta reta final até os Jogos Olímpicos de Inverno. “É uma dualidade entre pressão e privilégio. Eu representava um país com neve, mas para mim sempre queria ser mais que um atleta e um esquiador. A oportunidade de trazer a bandeira brasileira é um sonho. É a oportunidade de virar fonte de inspiração para as pessoas, mostrar a elas que tudo é possível mesmo”, afirmou Lucas em recente entrevista ao olympics.com.

Inspirou de verdade. Pat chegou depois, mas compartilha com o compatriota a empolgação pelo país. “O apoio no Brasil é muito grande. Você sente a diferença. Esta mentalidade de apoiar, de torcer, é muito forte aqui. E eu gosto disso. É importante se ajudar. Dar é o melhor valor da humanidade”, acredita. Assim, ele segue revigorado.  “Eu sinto essa energia do Brasil. E quero trazer isso para o meu esporte agora “, garante. 

Ao colocar isso em sua performance no snowboard, Pat se alinha com Lucas e alimenta o sonho de grandes conquistas vestindo verde e amarelo. “Eu gosto da história que ninguém fez até ontem. Para mim, é um projeto muito importante. Conquistei medalhas, estive duas vezes nos Jogos Olímpicos. Mas esse projeto é maior que medalhas, é mais que o snowboard. É um projeto em que vou escrever a história”, vibra Pat.

A mesma gana que Lucas tem mostrado nas competições. Ainda na entrevista ao olympics.com, Braathen foi taxativo. “Como disse na temporada passada, eu vou carregar essa bandeira até o topo do pódio e não vou parar até conseguir”.

Milão-Cortina 2026 marca a quarta vez que a Itália sedia os Jogos Olímpicos e a primeira vez na capital da moda. Os Jogos ocorrerão entre 6 e 22 de fevereiro de 2026. Esta edição deve reunir cerca de 3500 atletas de 93 países competindo por medalhas.

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