Sábado dourado do Time Brasil nas águas e areias
Ouros no último dia dos Jogos Assunção 2022 vêm com as equipes feminina e masculina de polo aquático, e Bárbara e Carol, no vôlei de praia. Brasil é o grande campeão dos Jogos, com 319 medalhas

No último dia, sábado, 15 de outubro, não tinha como ser diferente. O Time Brasil brilhou mais uma vez nos Jogos Sul-americanos Assunção 2022 e terminou o evento com mais três medalhas de ouro: duas com as equipes feminina e masculina de polo aquático e a outra, da dupla Bárbara e Carol, do vôlei de praia. Com essas e outras medalhas do dia, o Brasil encerrou sua participação como o grande campeão dos Jogos, com 319 medalhas conquistadas, sendo 133 de ouro, 100 de prata e 86 de bronze. A medalha de ouro do polo aquático masculina foi a última do Brasil nos Jogos e o país, além de liderar o quadro de medalhas com ampla vantagem para o segundo colocado, igualou o recorde de ouros fora de casa, que era de Medellin 2010.
O primeiro ouro foi de Bárbara e Carol, no vôlei de praia. A dupla brasileira derrotou na final Giuliana Poletti e Laura Ovelar por 2 sets a 0, com um duplo 21/14. A torcida da casa bem que tentou, incentivou do início ao fim. Mas a superioridade técnica das brasileiras, demonstrada ao longo de toda a competição, seguiu evidente na final. Foi a coroação de uma campanha invicta, sem perder um set sequer.
"A gente chegou aqui com muita vontade de ganhar essa medalha, dando valor a cada ponto, a cada jogo. Deu tudo certo. Foi muito especial jogar contra o Paraguai em casa, com a arquibancada lotada", comentou Carol. “É importante a gente representar o país, quando é uma missão do Time Brasil é sempre um pouco diferente. Você conta com uma energia extra, de um grupo muito grande, com uma troca muito positiva", observou Bárbara, se referindo aos atletas de outras modalidades que participam de um evento multiesportivo como esse.
No torneio masculino, a medalha brasileira foi de bronze, com a vitória de Arthur e Adrielson sobre Aravena e Droguett, do Chile, por 2 sets a 0, parciais de 21 a 18 e 21 a 13. “Foram menos de 12h para jogar, tivemos que ter uma resiliência muito grande e virar a chave muito rápido. A gente vem de quatro semifinais seguidas no Circuito Brasileiro, que é o mais forte do mundo. A gente teve uma queda fisicamente, mas conseguiu aguentar”, comentou Arthur.
Das areias para as águas da piscina do Centro Acuático Nacional. O polo aquático brasileiro simplesmente dominou as competições, conquistando a medalha de ouro tanto com a equipe feminina quanto com a masculina. Nas finais, duas vitórias sobre a Argentina: um apertadíssimo placar de 13 a 12 para os homens e uma vitória mais tranquila de 14 a 8 para as mulheres.
No caminho até a final, a equipe feminina venceu o Chile, por 28 a 2, na estreia na competição. No dia seguinte, foi a vez de bater o Peru, por 19 a 2, se classificando na liderança do grupo. Na semifinal, vitória sobre a Venezuela por 16 a 3 e, na decisão, o ouro. “Nos Jogos Sul-americanos nós sabemos que entramos como favoritas, o importante é que saímos como favoritas. Então, o time todo está de parabéns, jogamos juntas, fizemos bela partidas contra o Chile, Peru e Venezuela. Saímos daqui orgulhosas do nosso trabalho”, comentou Leticia Belorio, uma das destaques da seleção.
Ao fim da partida, comemoração na piscina. Foto: Miriam Jeske/COB
No masculino, um jogo para quem estava com o coração em dia. Teve virada do Brasil, empate da Argentina, equipe brasileira perdendo o que seria o último ataque do jogo, defesa milagrosa faltando 20 segundos para terminar o jogo, evitando uma vantagem dos argentinos e vitória nos pênaltis com direito a duas defesas do goleiro Guilherme Barella, o destaque do jogo. No fim, 10 a 10, vitória de 3 a 2 nos pênaltis e ouro para o Brasil.
“Foi um jogo muito difícil, principalmente por causa do nosso primeiro jogo, em que entramos meio apáticos e acabamos perdendo. Precisávamos ganhar para trazer a medalha de volta para o Brasil e conseguimos. Agora, é curtir bastante”, disse Barella, se referindo ao jogo da fase grupo, vencido pelos argentinos.
Na campanha pelo título, o Brasil chegou a ser derrotado pela Argentina por 10 a 8, ainda na fase de grupos, na qual derrotou o Chile (15 a 0), Uruguai (25 a 2), Colômbia (16 a 7) e Paraguai (12 a 2). Depois, nova vitória contra a Colômbia nas semifinais, por 17 a 6, e o triunfo sobre os argentinos, com gosto de revanche, e a conquista da medalha de ouro.
Outras medalhas
Atletismo – No último dia de provas, mais seis medalhas para o Brasil: quatro de prata, com Mirelle da Silva (3.000m com obstáculos), Jaqueline Weber (800m) e revezamentos 4 x 400m feminino e masculino; e duas de bronze, com Eduardo Moreira (800m) e Augusto Dutra (salto com vara). O atletismo brasileiro foi o grande vencedor da modalidade nos Jogos, com 42 medalhas conquistadas (14 de ouro, 15 de prata e 13 de bronze).
Tênis – Nas quadras do Rakiura Resort, mais duas medalhas para o Brasil: a prata de Gustavo Heide, no individual masculino, e o bronze nas duplas mistas, com Ingrid Martins e Orlando da Luz. Com isso, o tênis encerrou os Jogos com quatro medalhas: uma de ouro, duas de prata e uma de bronze.
Ciclismo pista – A dupla formada por Alice Melo e Wellyda Rodrigues conquistou a medalha de bronze na prova de madison feminina. Foi a única medalha do brasil na modalidade nos Jogos.
Squash – A dupla masculina de squash, formada por Diego Gobbi e Pedro Mometto, conquistou a medalha de prata. Na final, foi derrotada pela Argentina por 2 sets a 0. Com isso, a modalidade encerrou os Jogos com duas medalhas (uma prata e um bronze).