De olho em Cali 2021 e Paris 2024, Brasil disputa Campeonato Sul-Americano Sub-23 de Atletismo
Competição será realizada neste fim de semana no Estádio Modelo Alberto Spencer, em Guayaquil, Equador

A seleção brasileira de atletismo disputa neste sábado (16/10) e domingo
(17/10) a 9ª edição do Campeonato Sul-Americano Sub-23 de Atletismo, que será
realizado no sábado (16/10) e domingo (17/10), no Estádio Modelo Alberto
Spencer, na cidade de Guayaquil, no Equador.
A delegação do Brasil já está na cidade, que fica ao nível
do mar. Guayaquil recebeu em maio o Sul-Americano Adulto, inicialmente previsto
para a Argentina. Com 74 atletas - 36 no feminino e 38 no masculino –, a equipe
é considerada favorita para conquistar o título do evento e manter a hegemonia
da categoria na América do Sul. Esta competição estava marcada para Georgetown,
na Guiana, e também mudou por efeitos da pandemia global da COVID-19.
Os atletas fizeram o treino de reconhecimento da pista e do
campo nesta sexta-feira (15/10). A competição será aberta com a final masculina
dos 20.000 m marcha atlética, a partir das 8 horas de Brasília (6 horas
locais), prova em que o Brasil tem dois atletas inscritos: Matheus Gabriel de
Liz Correa (AABLU-SC), que participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio, e Paulo
Henrique Ribeiro (PM Colombo-PR).
“O Brasil tem bons talentos na equipe, alguns dos melhores
resultados do País foram obtidos por atletas do sub-23. A expectativa é muito
boa. Podemos voltar, sem dúvida nenhuma, com o título do campeonato”, comentou
o treinador-chefe e ex-atleta olímpico Clodoaldo Lopes do Carmo. “Essa equipe é
a base da que representará o País nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Cáli, na
Colômbia. Tenho certeza que poderemos comemorar bons resultados neste fim de
ano”, disse, referindo-se à competição que será disputada de 25 de novembro a 5
de dezembro, cuja delegação será formada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).
“Muitos atletas priorizaram as competições do sub-23 e
acredito que alguns têm chance até de brigar por índices para o Mundial do
Oregon, previsto para 2022”, completou
Entre esses competidores certamente está o paulista Erik
Felipe Cardoso (SESI-SP), que bateu no dia 4 de setembro o recorde
sul-americano sub-23 dos 100 m, com 10.01 (2.0), em Bragança Paulista. Com a
marca, ele é também o líder do ranking absoluto da prova na América do Sul de
2021 e segundo colocado em todos os tempos, ficando atrás apenas do recorde de
Robson Caetano, com 10.00, que vigora desde 1988.
“Trabalhamos forte no SESI e as expectativas para o
Sul-Americano são as melhores possíveis”, comentou Erik, de 21 anos. “Com
humildade, esforço, muito fé e sem dores, espero ir bem na competição.”
Já o paranaense Gabriel Boza, de 18 anos, segundo colocado
no ranking Mundial Sub-20 da World Atlhetics, está em Guayaquil, com objetivos definidos.
“Estou me sentindo bem potente nos treinos tanto na parte técnica como também
na força. Gosto muito de competir com atletas mais velhos. Então estou
descontraído, mas ao mesmo tempo com sede de medalha”, afirmou.
Já a carioca Tiffani Marinho, que representou o Brasil nos
Jogos Olímpicos de Tóquio, comemora a volta às competições. “Estou bem animada.
Tirei férias depois da Olimpíada e consegui descansar e recuperar as energias.
Vou disputar os 400 m e o revezamento 4x400 m”, lembrou. “As expectativas são
as melhores, como sempre, e quero dar o meu melhor dentro da pista.”
A organização do evento recebeu inscrições de
atletas da Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além de
Brasil e Equador. As duas últimas edições do Sul-Americano Sub-23 foram
disputadas em Lima, no Peru, em 2016, e em Cuenca, no Equador, em 2018. O
Brasil venceu com folga as duas competições. No estádio peruano de La Videna, a
seleção somou 307 pontos, deixando o Equador em segundo lugar, com 212, e a
Colômbia em terceiro, com 178. Já no Estádio Jefferson Perez, em Cuenca, o
Brasil ganhou na classificação geral, com 283 pontos, e garantiu novamente o
título continental da categoria. A equipe anfitriã foi a segunda colocada com
237 pontos e a Colômbia a terceira, com 206.