Centro de Treinamento da Ginástica Artística do COB recebe aparelhos que serão usados em Paris 2024
Comitê adquiriu toda a aparelhagem da Gymnova; estrutura da seleção brasileira permitirá treinamentos nas mesmas condições que os atletas terão nos próximos Jogos Olímpicos
“Condições
de treinamento melhores geram performances melhores e é isso que estamos
oferecendo para os nossos atletas: o melhor”. Assim a gestora esportiva Juliana
Fajardo definiu a renovação pela qual passou o Centro de Treinamento da
Ginástica Artística do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nas últimas semanas.
Toda a aparelhagem da estrutura usada pelas seleções brasileiras femininas e
masculinas da modalidade agora são da marca francesa Gymnova. São os mesmos
equipamentos que serão usados nas disputas dos próximos Jogos Olímpicos.
“São aparelhos diferentes e, por isso, precisamos nos adaptar ao tempo deles. É
uma ambientação mesmo e estamos bem felizes com a chegada deles e do tempo que
teremos para aproveitá-los até Paris”, disse Jade Barbosa.
“Tem uma diferença muito grande de uma aparelhagem pra outra. Então, é muito
importante ter eles na nossa casa para nos prepararmos melhor”, comentou Flávia
Saraiva.
“É como nosso corpo, quanto mais você conhece e confia nele, mais diferença ele
faz ao seu favor. Pedimos muito por isso e, como já fizemos em outros Jogos, o
COB conseguiu adquirir e disponibilizou isso pra gente. Estamos muito felizes!”,
completou a campeã olímpica Rebeca Andrade.
+Veja como os atletas já estão utilizando os novos aparelhos
O Brasil é o primeiro país a ter todos os equipamentos da marca em seu Centro
de Treinamento, o que já atraiu os olhares internacionais para o CT do COB. A
Alemanha esteve treinando no local durante o mês de fevereiro e já há uma
solicitação da seleção holandesa da modalidade. São pequenos detalhes que farão
a diferença na hora do desempenho.
“Os atletas precisam se adaptar a cada aparelho. É um equipamento mais claro e
eles tinham a cor azul de referência. Por isso, a adaptação é mais difícil. Os
atletas estão acostumados num salto mortal, por exemplo, a ver o teto claro e
ver o azul na chegada. Agora, pode ser que vejam um teto claro e o chão mais
claro que o teto. É uma mudança significativa”, explicou Fajardo.
“Também conseguimos antecipar a própria montagem das séries. A trave, por
exemplo, é mais dura, tem muita diferença. Então, não podemos exigir tanto das
nossas atletas nos movimentos com muito impacto e aí temos que mudar a nossa estratégia.
Vamos nos adaptando e criando consistência com os treinamentos até os Jogos”,
analisou Chico Porath, treinador da seleção feminina de ginástica artística.
“Além disso, diminuímos o desgaste de ter que viajar para buscar a experiência nos
aparelhos. Vamos competir e voltamos para treinar na nossa casa”, completou.