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Capitã das Yaras, Eshyllen Coimbra celebra participação inédita na Copa do Mundo e projeta crescimento da modalidade no país

Equipe feminina de rugby foi superada pela África do Sul e França, e encerra sua participação no campeonato neste domingo, 7, contra a Itália

Por Comitê Olímpico do Brasil

4 de set, 2025 às 12:26 | 4min de leitura

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Créditos: World Rugby

Mais uma vez as Yaras, seleção feminina de Rugby, fizeram história. O Brasil debutou na Copa do Mundo de Rugby, a maior competição de Rugby XV mundial. Ainda que tenha sido superada nos dois jogos disputados, a equipe fez questão de jogar pelos primeiros pontos no campeonato e celebrar cada espaço conquistado.  Eshyllen Coimbra, capitã e destaque do time, exalta o caminho percorrido até o ingresso da seleção na Copa e a importância dessa primeira participação brasileira em uma competição de relevância mundial.  

 

“Foram seis anos de preparação, dedicação e superação para chegarmos até aqui, e poder estar entre as 32 atletas é um privilégio. O sentimento é de felicidade e gratidão por fazer parte dessa conquista coletiva, que não é apenas da nossa equipe, mas de todas as pessoas que fizeram parte do processo, das que acreditam e trabalham pelo rugby brasileiro feminino crescer”, disse. 

 

Embora esteja brilhando e alcançando ainda mais espaços, a história do rugby feminino é recente no Brasil. A primeira seleção feminina brasileira de XV foi formada em 2008 e retomada 11 anos mais tarde, em 2019. O desenvolvimento da categoria e a presença em competições de caráter mundial significa também a popularização da modalidade.  

 

Nos últimos anos, a prática do rugby vem ganhando espaço no Brasil com campeonatos juvenis, brasileiros e até regionais de XV. “Hoje temos camps específicos para a modalidade, voltados ao recrutamento e desenvolvimento de novas jogadoras. O fato de as atletas da seleção poderem atuar nesses torneios também eleva ainda mais o nível e inspira outras meninas”, exalta Eshyllen. 

 

Torcida brasileira 

O sucesso da modalidade pode ser percebido não só na formação de novas atletas como na forte presença dos apoiadores nas arquibancadas. A torcida, inclusive, fez uma festa para as jogadoras na estreia da Copa do Mundo, na Inglaterra.  “Eu esperava torcida, mas me surpreendi com a quantidade de brasileiros presentes nos estádios. Ver tantas pessoas que viajaram até a Inglaterra para nos apoiar trouxe uma sensação incrível de estar em casa, mesmo tão longe. Receber esse carinho de perto, sentir essa energia vibrando no campo, foi muito emocionante”, disse.  

 

A mobilização brasileira foi tão grande que, os fãs que não puderam acompanhar in loco, lotaram a Arena Centauro, na Avenida Paulista, em São Paulo, para assistir à estreia das Yaras em um telão instalado no local. O evento foi organizado pela Confederação Brasileira de Rugby e reuniu os torcedores para celebrar o feito histórico. “Esse apoio é reconhecido e valorizado por todas nós aqui, e faz toda a diferença nesse momento histórico”, afirma. 

 

Desempenho brasileiro na competição 

Superadas nos dois jogos disputados até então, sendo 66 a 6 para a África do Sul na estreia e 84 a 5 para a França, mas conseguiu alcançar incríveis 232 tackles na partida de estreia contra a África do Sul, por exemplo. A capitã ressaltou também o try marcado contra a França, como outra conquista dessa participação.  
 

“Talvez não tenhamos feito muitos pontos, mas tivemos conquistas simbólicas e marcantes, como o try contra a França, que foi muito emocionante”, disse Eshyllen. 
 

Independente dos pontos, a capitã ressaltou ainda o forte empenho da equipe durante todo o campeonato. “Vi muita entrega de cada uma dentro de campo. Nossa equipe não abaixou a cabeça em nenhum momento e fomos até o final com determinação”, afirma. 
  

As Yaras jogam pela última vez na competição no domingo, 7 de setembro, contra a Itália para cumprir calendário, pois as duas equipes não têm mais chances de classificação para as quartas de final.  
 

Mesmo com a eliminação, Eshyllen acredita que a participação na Copa do Mundo deixe um legado positivo para o rugby XV no Brasil. “A tendência é que o XV cresça ainda mais, ganhe visibilidade e conquiste mais espaço no cenário esportivo nacional. Esse é apenas o começo de uma trajetória muito promissora para a modalidade no Brasil”, projeta.  
 

Já no Rugby Sevens, as Yaras são uma força consolidada e dominante na América do Sul. Foram conquistados impressionantes 21 títulos em 23 edições de Campeonato Sul-Americano e, novamente, terminou a temporada entre as 12 melhores seleções do mundo. 

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