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Time Brasil ultrapassou meta de representatividade feminina nas confederações no Pan-Americano Júnior 2025

Confederações contaram com mais de 30% de mulheres no Pan Júnior Assunção; entre elas, 10 estiveram como chefes de equipe.

Por Comitê Olímpico do Brasil

5 de set, 2025 às 17:29 | 5 min de leitura

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Foto: Simone Marinho/COB

Foto: Simone Marinho/COB

Em campanha com recorde de medalhas nos Jogos Pan-Americanos Júnior, as confederações do Time Brasil contaram com 31% de mulheres, sendo 40 profissionais entre chefes de equipe, técnicas e fisioterapeutas. O índice supera a meta do COB, que estabelece a participação mínima de 30% de mulheres nas equipes multidisciplinares, reforçando o compromisso de ampliar a presença feminina no esporte de alto rendimento.

 

“Esse resultado é fruto de um trabalho muito bem estruturado internamente. Criamos a área Mulher no Esporte no COB, que diariamente pensa em ações para fomentar a participação feminina, seja de mulheres treinadoras, mulheres atletas, mulheres jovens atletas, mulheres gestoras e mulheres multi em suas funções. Estamos colhendo os frutos desse investimento”, destaca Yane Marques, vice-presidente do COB e primeira mulher a ocupar o cargo.

 

Entre as 39 modalidades disputadas pela delegação brasileira nos Jogos, dez tiveram mulheres à frente das modalidades, como chefes de equipe. Entre elas, estiveram: Ginástica Artística, Skate Street, Rugby 7, Patinação Artística, Triathlon, Hóquei sobre Grama, Esqui Aquático, Levantamento de Pesos, Nado Artístico e Saltos Ornamentais. Também estiveram presentes 22 treinadoras mulheres das confederações e seis fisioterapeutas.

 

Liliane Dantas, chefe de equipe do Levantamento de Peso, reforça o orgulho de ocupar a posição: “É extremamente gratificante receber o convite para estar como chefe de equipe mais uma vez. É um orgulho máximo poder motivar e desempenhar esse papel junto aos atletas, à Confederação e ao COB”.

 

Luiza Maciel, treinadora da natação, ressalta o valor da representatividade feminina: “O fato de ter uma mulher na liderança faz com que estas meninas vejam que é possível almejar grandes objetivos. Quando fui atleta senti falta de ter uma mulher na liderança como exemplo, seja como treinadora ou gestora. Hoje, felizmente, temos mais e mais mulheres à frente”.
 

Foto: Ana Patricia/COB.
Foto: Ana Patricia/COB.


A composição da equipe é resultado da resolução interna do COB, RES-JOI-001, que Institui o regramento para as confederações brasileiras de indicação de, no mínimo, 30% de mulheres para composição da delegação de oficiais nas representações brasileiras em Jogos Internacionais. O objetivo é aumentar a presença feminina em todos os níveis do esporte olímpico brasileiro.
 

Segundo Yane, a construção dessa representatividade foi natural e orgânica, mostrando que há espaço e reconhecimento para mulheres em diferentes funções: “Acreditamos na força feminina no esporte e temos trabalhado para abrir oportunidades. Sou a primeira mulher na história do COB neste posto e espero encorajar muitas outras a entrarem nesse processo. Ver que estamos conseguindo é muito gratificante”.

 

Foto: Miriam Jeske/COB.
Foto: Miriam Jeske/COB.


Programa MIRA

 

Entre as iniciativas da Área da Mulher no Esporte está o Programa de Mentoria Individualizada Reflexão e Ação (MIRA), que tem como objetivo capacitar e ampliar o número de treinadoras no esporte de alto rendimento. Nesta edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior, nove treinadoras participantes do Programa estiveram presentes comandando as modalidades.

 

Roberta Cristiane Carregari, treinadora do atletismo, conta sobre a importância do MIRA na sua trajetória: “Venho desenvolvendo habilidades, adquirindo confiança e aprendendo a lidar com questões de equidade de gênero e rede de apoio. Hoje me sinto mais forte e corajosa”.

 

Elen Rosa, treinadora da equipe de basquete 3x3, complementa sobre o impacto do Programa em Assunção: “É uma experiência única viver uma competição de alto nível com países que ainda estão se estruturando na modalidade. O MIRA também me fez perceber que outras treinadoras compartilham dos mesmos desafios que eu e que juntas conseguimos construir uma rede de apoio muito valiosa.”

 

 

Foto: Grazie Batista/COB
Foto: Grazie Batista/COB




 

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