“Histórias de nós, sonhadores”: Abertura de Gangwon 2024 incentiva a união, a busca pelo melhor e a realização de sonhos pelos jovens
Brasil, 25º país a desfilar, teve 11 atletas e Matheus Figueiredo, Chefe da Missão, na cerimônia; Alice Padilha, do esqui alpino, e André Luiz Silva, do bobsled, conduziram a bandeira verde e amarela
Foi
uma noite inesquecível para os jovens atletas de 15 a 18 anos que irão disputar
os Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. Gangwon 2024 foi oficialmente
aberto com uma cerimônia que teve como tema “Vamos brilhar”, contou a história
dos “sonhadores” e incentivou a união como forma de alcançar o melhor caminho.
A delegação brasileira foi representada por 10 atletas (Alice Padilha, Andre
Luís Silva, Arthur Padilha, Caue Miota, Eduardo Strapasson, Guilherme Melo, Julia
Gentile, Lucas Koo, Luis Felipe Seixas, Pedro Ribeiro e Rafaela Ladeira), por Emílio
Strapasson, treinador do skeleton, e pelo chefe da Missão do Brasil em Gangwon
2024, Matheus Figueiredo. O Brasil, seguindo a ordem do idioma coreano, foi o 25º
país a desfilar, conduzido por Alice e André.
“É uma experiência única para esses jovens, uma oportunidade compartilhar experiências com outros atletas, representar o país perante o mundo todo com excelência. Estar juntos, crescer juntos e brilhar para sempre. Com certeza uma semente olímpica foi plantada hoje dentro de cada um desses atletas. Espero que essa semente cresça, que eles virem grandes atletas, mas que também carreguem os valores olímpicos de amizade, de respeito e de excelência para a vida”, disse Matheus.
A visão dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude de Gangwon 2024 é “Jovens celebrando a coexistência pacífica e a unidade através do esporte para criarmos juntos um futuro melhor” e deu o tom para toda a cerimônia de abertura. O evento contou a história de “Woori”, cujo nome significa “ser junto”, uma garota do estado de Gangwon que embarca em uma viagem imaginária, descobrindo sonhos esquecidos e criando seu próprio universo. O caminho até lá foi cercado, claro, de muita música e dança moderna coreana, a chamada k-pop.
“Sou muito grato por poder estar representando o Brasil nessa cerimônia. Foi tudo muito bem planejado, de uma grandeza que eu não imaginava. Realmente, é um sonho estar aqui. Carregar a bandeira do Brasil foi sensacional, mas também não posso deixar de citar que os shows de k-pop foram marcantes para mim”, destacou André Luiz.
Apesar de toda a modernidade da cerimônia, os elementos tradicionais também estiveram
presentes. Nesse sentido, o Comitê Organizador reforçou a importância do legado
dos Jogos Olímpicos Pyeongchang 2018 para a realização dos Jogos de Inverno da
Juventude. Entre os exemplos, está a entrada da bandeira olímpica. Ela foi
carregada por atletas de seis países - África do Sul, Sérvia, Egito, Mongólia,
Costa Rica e Argentina - que participaram do “Programa Dream”. Iniciado em 2004
por conta da realização de PyeongChang 2018, o projeto, financiado pelo
Ministério da Cultura, Desporto e Turismo juntamente com o Estado de Gangwon, acolhe
jovens de países que enfrentam desafios no acesso aos esportes de inverno ou atletas
que possuem um potencial excepcional. Os participantes ficam na cidade-sede dos
Jogos de 2018 para treinamento em esportes de neve e gelo e participam de
eventos de intercâmbio com a cultura coreana.
Outro exemplo foi a condução da Chama Olímpica. O último trecho do percurso foi
do Pyeongchang Dome até o Oval de Gangneung, simbolizando uma transição do
passado para o futuro. Ao lado de estrelas dos esportes de inverno da Coreia do
Sul do passado e do presente, o atleta mais jovem de Gangwon 2024 Jeong-min Lee,
do esqui estilo livre, foi o responsável por acender Pira Olímpica da
Juventude, que irá iluminar os sonhos e a paixão dos atletas durante os 14 dias
de evento. Além disso, Gangwon 2024 apresentará uma “pira digital”, que também foi “acesa” durante a cerimônia, mas do lado de fora, no Parque Olímpico de Gangneung, e ficará exposta no local até o final dos Jogos.
A cerimônia acabou com uma grande exibição de
vários representantes da K-pop como a boy band LUN8, a girl band Triple S, os rappers Ash
Island e Changmo, os dançarinos Ambiguous Dance Company e a banda tradicional
Lennalchi no Gangneug Oval; e as cantoras Kim Taeyeon e Hwasa, o rapper BewhY,
os dançarinos 1 Million Dance Studio e a boy band filipina Hori7on, que mora na
Coreia, no PyeongChang Dome.