Conheça a equipe brasileira de squash que disputará Copa do Mundo pela primeira vez
Com atletas jovens e mais experientes, equipe busca bons resultados no campeonato que será realizado na Índia

Arte: Divulgação CBSquash
O Brasil fará uma estreia histórica na Copa do Mundo de Squash de Equipes Mistas, que será disputada de 9 a 14 de dezembro, em Chennai, na Índia. A equipe nacional será formada por quatro atletas: Diego Gobbi, Laura Silva, Pedro Mometto e Bruna Petrillo, reunindo experiência e juventude em uma das competições de maior destaque da modalidade.
Para o head coach Renato Gallego, a participação marca um novo capítulo para o squash brasileiro. “Será uma grande experiência poder jogar com os principais países do mundo. Temos a expectativa de que possamos passar uma grande semana de testes em que vamos analisar a performance do Brasil em relação aos atletas de qualidade internacional, que estão figurando entre os melhores do ranking mundial”, conta.
Há 10 anos na equipe brasileira de squash, Diego Gobbi destaca o peso simbólico da estreia. “Representar o Brasil novamente é motivo de muito orgulho, mas levar nossa bandeira pela primeira vez a essa competição tem um sentimento especial”, afirma o número 1 do Brasil.
O paulista bi-campeão sul-americano 24/25 começou nas aulas de squash com irmão, que dava aulas da modalidade. Depois de arriscar no futebol, tênis, atletismo e judô, foi no squash que ele se encontrou e hoje é um dos jogadores de maior destaque do Brasil.
“Eu já tinha uma noção de raquete por conta do tênis, então para mim era muito fácil, eu me divertia. Mas eu jogava muito mal no começo, mas observava meu irmão dar aula e tentava reproduzir tudo o que ele fazia numa quadra vizinha. E aí eu fui batendo bola, fui melhorando e fui pegando gosto”, disse Gobbi.
"Meu maior sonho é retribuir tudo o que o squash me proporcionou. Quero chegar ao fim da minha carreira podendo dizer que deixei meu nome na história desse esporte que eu amo”, conclui.
Assim como Diego, o squash não foi a primeira modalidade da paulista Bruna Petrillo. A atleta jogava vôlei e tinha o squash como hobby na adolescência. Foi somente aos 22 anos, ao conhecer o marido Vinny Rodrigues, também atleta da modalidade, que começou a ver a modalidade com outros olhos.
“Por muita influência dele, eu decidi levar o squash mais a sério, e com 22 anos a gente se mudou para a Inglaterra e eu entrei para o circuito mundial. Foi um desafio muito grande porque enfrentei atletas muito mais experientes. Demorei mais de um ano para ganhar meu primeiro jogo, mas persisti”, relembra.
Já para o veterano da equipe Pedro Mometto, o maior desafio é conciliar a rotina de atleta com a de engenheiro civil. No squash desde os cinco anos, Pedro lembra do início com carinho “Meu pai jogava e comecei por influência dele. Lembro de jogar com uma raquete de plástico e bolinha de espuma no clube”, disse.
Com as raquetes nas mãos, Pedro alimenta um objetivo muito claro: “Quero conquistar uma medalha nos Jogos Panamericanos de 2027”.

Com a entrada do squash no programa olímpico para a próxima edição dos Jogos, a modalidade vive um momento de ascensão no país e revela novos talentos. Como o caso de Laura Silva, de 17 anos, tetracampeã Brasileira Profissional e caçula da equipe que estreia na competição no dia 9.
"Estou super animada e ansiosa para essa nova experiência. Desde pequena tenho contato com a raquete e quero muito ter a oportunidade de representar o meu país nas Olimpíadas", disse Laura.
Já para Diego, tem espaço para crescer ainda mais. “Meu maior sonho é retribuir tudo o que o squash me proporcionou. Quero chegar ao fim da minha carreira podendo dizer que dei o meu máximo, que persegui aquilo que sempre sonhei e que deixei meu nome na história desse esporte que eu amo”, disse.
Sobre o campeonato
Criado em 2023, a Copa do Mundo acontece de dois em dois anos, e intercala com o Mundial de Equipes masculino e feminino. A competição, no entanto, tem um formato diferente do tradicional, em que cada equipe leva quatro jogadores, dois masculinos e dois femininos. Os quatro jogam e cada game ganho vale um ponto. Ao final, o número é somado para definir as finais.
Do ponto de vista técnico, Renato Gallego destaca pontos importantes de cada jogador. “Diego e Pedro estão em uma ótima fase, totalmente em ascensão. Diego e Laura são nossos destaques e estão buscando a classificação para Los Angeles. Por fim, a Bruna é a atual número dois do Brasil. Por isso, tenho certeza de que estamos levando o que temos de melhor”, afirma.
“A expectativa (para o campeonato) é muito grande, estamos em evolução, a equipe inteira tem se consolidado, então acredito que vai ser uma competição muito boa e tenho certeza que vamos buscar um melhor resultado”, afirma Diego.
O Brasil vai estrear na Copa do Mundo de Squash contra a Suíça e terá a Índia como adversário no segundo confronto na primeira fase da competição.












