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Rumo a Los Angeles 2028: novos esportes olímpicos vivem transformação no Brasil

Beisebol, críquete, flag football, lacrosse e squash ganham visibilidade, mas enfrentam novos desafios ao entrarem no programa dos Jogos Olímpicos

Por Comitê Olímpico do Brasil

24 de set, 2025 às 15:20 | 3 minutos de leitura

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Beisebol é uma das modalidades que entram no programa olímpico em LA 2028 (Miriam Jeske/COB)

Beisebol é uma das modalidades que entram no programa olímpico em LA 2028 (Miriam Jeske/COB)

Os Jogos Olímpicos Los Angeles 2028 ainda podem parecer distantes para o grande público, mas esta não é a realidade de quem trabalha com os cinco esportes que foram incluídos recentemente no programa olímpico. Ao mesmo tempo em que celebram a oportunidade de participarem do maior evento multiesportivo do planeta, beisebol, críquete, flag football, lacrosse e squash estão vivenciando uma verdadeira revolução no Brasil de um ano para cá.

“O maior desafio é classificarmos atletas para os Jogos Olímpicos. Evidente que há um maior investimento agora, mas nem sempre é suficiente para tudo o que gostaríamos de fazer pensando no desenvolvimento da modalidade. Há muitas questões administrativas que precisamos resolver no dia a dia, a necessidade de ter a certificação para receber recursos públicos, isso sem falar nas taxas de importação de materiais e equipamentos”, explicou o presidente da Confederação Brasileira de Squash, José Henrique Lopes, em debate realizado no primeiro dia da COB Expo, em São Paulo.

No Palco Talks da maior feira de esportes olímpicos da América Latina, Lopes esteve acompanhado de outros quatro presidentes de confederações: Roberta Moretti Avery (críquete), Cris Kajiwara (futebol americano, responsável pela gestão do flag football), Manuel Aquino (lacrosse) e Thiago Caldeira (beisebol e softbol).

As cinco modalidades têm realidades diferentes dentro do Movimento Olímpico. Enquanto o beisebol foi esporte olímpico entre Barcelona 1992 e Pequim 2008, além de ter sido incluído em Tóquio 2020, flag football e squash farão suas estreias nos Jogos. O críquete, por sua vez, foi disputado somente em Paris 1900, com um torneio masculino entre França e Grã-Bretanha. Já o lacrosse foi olímpico em Saint Louis 1904 e Londres 1908 e esporte de demonstração em três edições, sendo a última em Londres 1948.

Apesar dos diferentes históricos de participação olímpica, as cinco modalidades têm encarado situações semelhantes no dia a dia. Na COB Expo, os presidentes das confederações foram unânimes ao afirmar que seus esportes vêm se profissionalizando no país e despertando maior interesse do público.

“Naturalmente houve aumento de visibilidade, mas nós éramos uma confederação sem uma estrutura profissional. Então, a parte organizacional tem sido muito importante para o críquete, porque uma coisa é a paixão que temos pelo esporte, outra é juntar essa paixão com a parte empresarial e tornar a modalidade sustentável. Além disso, tem a questão dos recursos destinados à confederação e o incentivo ao esporte feminino, que também cresceram”, disse Roberta Moretti Avery, presidente da Confederação Brasileira de Cricket.

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