O desafio de levar todas as modalidades olímpicas aos apaixonados por esporte
Artigo de Manoela Penna, diretora de comunicação e marketing do Comitê Olímpico do Brasil

Sempre respondi, em entrevistas que concedi na época dos Jogos Rio 2016, que o maior legado dos Jogos seria ajudar a transformar a cultura esportiva do Brasil. E, para tanto, o papel da mídia seria fundamental. Isso quer dizer que não só jornais, mas sobretudo TV e as plataformas digitais deveriam abrir seus olhos para o mundo além das quatro linhas do campo de futebol. Um horizonte rico, diverso, apaixonante. Com potencial de emocionar, engajar e, claro, gerar receitas comerciais para empresas e agregar valor às marcas anunciantes.
Ao chegar no Comitê Olímpico do Brasil em meados de 2018, esse desafio não saía da minha cabeça. Como fazer a comunicação contribuir efetivamente para o crescimento e fortalecimento do Movimento Olímpico brasileiro.
Fast forward para a pandemia em 2020, nosso isolamento social e a aglomeração forçada nas redes sociais. A aceleração de tendências que já estavam quicando aqui e ali e, de repente, passaram a fazer muito mais sentido. As lives, o streaming, os influenciadores. A democratização do acesso aos diversos conteúdos.
O Canal Olímpico do Brasil nasceu nesse contexto. De um desafio e de um sonho de levar todas as modalidades do programa Olímpico – sim, TO-DAS – aos apaixonados por esporte que já se conectam com seus ídolos através das redes sociais e fazem do COB, com quase 3 milhões de fãs, o segundo comitê olímpico do mundo em presença digital, atrás apenas dos Estados Unidos. Com a expertise técnica da TV NSports, a parceria com as Confederações Brasileiras, o talento de nossos atletas e a paixão de um time dedicado de corpo e alma a esse projeto, o Canal ganhou corpo instantaneamente.
Já foram seis eventos ao vivo até aqui: a corrida em homenagem à medalha olímpica do Revezamento 4x100 de Sydney 2000 entregue a Claudio Roberto; a medalha pan-americana de Lima 2019 realocada ao nadador Vitor Colonese; a Seletiva de Saltos Ornamentais; a Regata Pré Olímpica de Remo; o Campeonato Sul-Americano de Remo; o Swiss Open de Badminton... além da maratona de lives de lançamento do Canal, comandada por Glenda Kozlowski com a participação de 10 atletas olímpicos do Brasil. Essa semana teremos o Pré-Olímpico de Handebol e o Brasileiro de Wrestling, sem falar nas horas de conteúdo especial e exclusivo disponível no Canal.
Quando falamos em média de minutos assistidos, os números chegam a impressionar: 35 minutos nas finais do Remo, 30 minutos no Badminton... Mas nada nos motiva mais do que a mensagem recebida do presidente da Confederação Brasileira de Badminton, Beto Santini: “Isso contribui com a maior visibilidade da modalidade sim, mas também contribui para capacitação indireta de técnicos e atletas, que assistiram à transmissões deste nível, provavelmente pela primeira vez”. É o Canal Olímpico cumprindo seu papel para contribuir na construção de uma verdadeira cultura esportiva no Brasil.
Estamos só no começo. E você está convidado a nos acompanhar nessa jornada!