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Em boa fase, Yago Dora mostra consistência no ciclo para 2028

Atualmente em segundo lugar no ranking da WSL, surfista tenta título mundial de 2025 enquanto se imagina nos Jogos Olímpicos em Los Angeles

Por Comitê Olímpico do Brasil

10 de jul, 2025 às 17:44 | 6 minutos de leitura

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Yago Dora celebra vitória em Trestles

Pat Nolan/World Surf League via Getty Images

A duas etapas do Finals da WSL, quando os mais bem colocados no ranking competem pelo título do Circuito Mundial de Surfe em 2025, Yago Dora parece tranquilo. O que não significa que esteja relaxado. O surfista brasileiro, atualmente segundo colocado no geral, sabe que está em boa posição para a competição que começa nesta sexta-feira, 11 de julho, em Jeffreys Bay, na África do Sul.

"Quem sabe não consigo subir um pouco mais. Quanto mais em cima você chega lá, é uma vantagem para a final. Quero estar bem, continuar nesse ritmo que eu estou e ganhar a vaga para Fiji (onde ocorrem as finais)”, diz Yago.

Os resultados de 2025, que o colocam em evidência na elite do surfe mundial, são fruto de uma construção que vem de longe. “É um trabalho de muito tempo. Não é algo que só virou assim (estala os dedos). Eu venho há alguns anos subindo posições, ganhando meu espaço dentro do circuito e eu sinto que este ano as coisas estão se encaixando e dando certo”, defende. 

Na cabeça de Yago, as coisas têm o seu devido tempo. E ainda que o histórico recente o credencie já no início do ciclo a pensar em Los Angeles, ele mantém a calma. “Me perguntam coisas do futuro e eu só consigo pensar no que eu estou fazendo agora, na próxima bateria. Isso me coloca num estado mental bom para eu ser a minha melhor versão”, garante. 

A próxima etapa, a bateria seguinte e a onda que está chegando são o caminho que podem levar Yago a chegar a um lugar que sequer imaginava quando começou a surfar, ainda criança, em Florianópolis. “Virou um sonho novo, é doido. Porque eu cresci sonhando só com o Circuito Mundial, o título mundial da WSL. Inserir esse novo sonho na minha carreira é mais uma motivação, mais um objetivo para buscar e isso faz trabalhar mais, querer evoluir mais. É muito legal”, conta.

Esta nova meta são os Jogos Olímpicos. “Quando veio a primeira notícia que o surfe ia participar das Olimpíadas, para mim ainda era distante. Eu estava no meu segundo ano do circuito, tentando achar meu espaço, encontrar equilíbrio. Já para a de Paris eu cheguei muito perto de conseguir a vaga. Deu para sentir um pouco do gosto. E agora é foco total nessa próxima. E quem sabe mais uma para frente ainda”, adianta. 

Um fator que anima para Los Angeles 2028 é a sede do surfe. Trestles, lendária onda californiana, que voltou este ano ao circuito numa etapa que foi vencida por Yago.  “Vencer a etapa lá me deu uma confiança muito boa. Sempre sonhei em competir em Trestles, essa foi a minha primeira oportunidade lá e consegui vencer o evento. Acho que é o tipo de onda que encaixa muito com o meu surfe, onda de high performance. Dá para ser bastante progressivo, criativo nas ondas. Trestles é uma onda muito boa para mim”, constata.

E neste caminho ele comemora a base de que dispõe para o ciclo até 2028. “O suporte que a gente tem do COB é um diferencial muito grande. Poder contar com esta estrutura, com um fisioterapeuta que viaja o circuito inteiro atendendo a gente. Porque o surfe exige muito do físico, então a saúde tem que estar sempre em dia, tem que estar tudo alinhado”, acredita.

É o que ele sente que precisa para se manter em boa fase pelos próximos anos. Tudo isso, como de costume, com tranquilidade e paciência. “Ainda tem bastante tempo. Claro que é um sonho, mas por enquanto ele fica ali meio que congelado até chegar o momento em que vai valer a classificação. Mas mantenho ele na mente e esperar a hora certa de chegar”. Como alguém que cresceu no mar, Yago sente que a onda certa sempre vem. O negócio é estar pronto para dropar.

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