No encerramento do Pan do Rio, Brasil fica com a prata na final masculina por equipes
Brasileiros fecham a competição colados nos Estados Unidos e agora focam no Mundial de Ginástica Artística, em Liverpool

Para encerrar a participação do Brasil no Pan-americano de Ginástica
Artística, no Rio de Janeiro, a seleção masculina disputou a final por equipes na
tarde deste domingo (17) e apresentou muita constância para terminar com a
medalha de prata. Os brasileiros fizeram uma disputa acirrada com os Estados
Unidos, que terminaram na primeira colocação, levantaram a torcida na Arena
Carioca 1, no Parque Olímpico, e garantiram uma ótima posição no pódio. O Canadá
terminou com o bronze.
O Brasil somou 244.234 pontos, contra 245.698 dos americanos. Já os
canadenses, terceiros colocados, fizeram 240.034 pontos. O resultado no Rio
representou uma evolução do conjunto brasileiro, que para esta competição veio
com a formação de Arthur Zanetti, Arthur Nory, Caio Souza, Diogo Soares, Lucas
Bittencourt e Patrick Correia (reserva). Para Zanetti, o objetivo é tirar
lições e crescer ainda mais tendo como referência o resultado do Pan.
“O bom é que a gente consegue ver em quais aparelhos a gente precisa melhorar para chegar nos Estados Unidos. O resultado foi muito bom, a diferença para eles foi pouca. Dá para brigarmos bem nas competições. É continuar trabalhando. O Brasil a cada competição que vai se apresentando vai demonstrando que está ali melhorando. Tem uma nova geração também vindo, novos atletas, e vamos dar trabalho para as grandes potências da ginástica. Eles têm que tomar cuidado pois estamos ali na cola deles”, analisou.
O time brasileiro teve como ponte forte a versatilidade de diferentes composições
de atletas para cada um dos seis aparelhos -– solo, cavalo com alças, argolas,
salto, barras paralelas e barra fixa. Os destaques ficaram com o medalhista
olímpico Zanetti, que brilhou mais uma vez nas argolas, e principalmente o
generalista Caio Souza. O carioca, que já havia sido campeão do individual-geral
deste Pan e conquistou mais quatro medalhas individuais na competição, passou
com regularidade e precisão por todos os seis aparelhos da final. Ele, inclusive,
foi o que mais chamou o apoio da torcida nas arquibancadas em momentos chave da
competição.
“O trabalho que estamos fazendo está dando certo. Disputamos com os
Estados Unidos, que têm uma equipe magnífica, e estivemos ali representando bem
em cada aparelho. Estamos bem felizes com o resultado, eu estou feliz com as
minhas medalhas e as dos meus companheiros. O caminho é esse”, ressaltou,
comentando sobre a troca com a torcida brasileira.
“Eu quis trazer a torcida junto. O campeonato Pan-americano aqui, com público,
com a minha família, por que não trazer tudo isso para a gente? Eles deram
energia para nós e isso foi magnífico, pois competir aqui é surreal. Fez
diferença, pois o povo brasileiro é muito caloroso e a gente, enquanto
brasileiro, gosta dessa troca”, completou.
O Brasil agora se prepara para o principal compromisso internacional do
ano, o Mundial de Ginástica Artística em Liverpool, na Inglaterra, no fim de
outubro. Até lá, o mote na seleção é buscar aperfeiçoar ainda mais as séries
para chegar forte nas disputas por equipes e individuais.
“Acredito que vamos estar mais seguros, porque vamos ter um pouco mais
de tempo de preparação. Vamos com faca nos dentes para fazer nossa parte e
tentar fazer um bom resultado”, ressaltou Zanetti.
Confira o desempenho da seleção masculina por aparelhos:
Solo
Diogo Soares
12.433
Caio Souza
13.400
Arthur Zanetti 13.433
Cavalo com alças
Diogo Soares
12.167
Caio Souza
13.367
Arthur Nory
12.633
Argolas
Lucas Bittencourt
13.133
Caio Souza
13.767
Arthur Zanetti
14.533
Salto
Diogo Soares
14.100
Lucas Bittencourt
14.067
Caio Souza 14.567
Barras paralelas
Diogo Soares
13.500
Caio Souza
14.367
Lucas
Bittencourt 14.067
Barra fixa
Diogo Soares
13.600
Caio Souza
14.267
Arthur Nory
12.833