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Hugo Calderano se recupera para Tóquio no CT Time Brasil

Equipe do Comitê Olímpico do Brasil acompanha atleta, que não sente mais dores e está confiante na recuperação

Por Comitê Olímpico do Brasil

31 de mai, 2021 às 09:07 | 5 min de leitura

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Hugo Calderano segue uma rotina regrada desde que chegou ao Rio de Janeiro. Diariamente, vem trabalhando no CT Time Brasil para se recuperar das dores no ombro que o incomodaram nos treinamentos na Alemanha. O desafio não o assusta e a serenidade nas palavras mostra que o torcedor pode continuar confiante, pois o número 7 do mundo segue com o objetivo de brilhar em Tóquio.

A passagem por sua cidade natal não é igual a outros momentos onde podia curtir a praia, os amigos e a família. Isolado por conta de protocolos de segurança, tem a companhia diária de sua irmã, Sofia, estudante de Educação Física e Fisioterapia. Ela acompanha atentamente cada movimento do craque. Por sua vez, Calderano recebe elogios constantes da equipe médica do Comitê Olímpico do Brasil, por estar cumprindo integralmente as tarefas mais difíceis.

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“Foi muito bom voltar para o Rio. Não voltava desde dezembro de 2019. O Sol, o clima, a comida e o ambiente me fazem sentir muito bem. O processo de recuperação está caminhando bem. Estou aqui há pouco mais de uma semana, estou me sentindo bem, sem nenhuma dor. Daqui a pouco já quero treinar na mesa”, avisa, com fome de bater bola.

Hugo deve retornar aos treinamentos com intensidade ainda neste mês, em Ochsenhausen. Nos planos, o sonho de conquista da primeira medalha olímpica do tênis de mesa do Brasil. Ele já foi o primeiro brasileiro do tênis de mesa a ser medalhista dos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2014.

“Estou confiante. Todos os fisioterapeutas e médicos são muito competentes, estão me dando muita confiança. Por causa da pandemia, a preparação vai ser bem atípica e ainda terei tempo suficiente para me preparar bem para Tóquio”, avisa.

CT de alto nível

A confiança do atleta tem base no trabalho que desenvolve no CT Time Brasil, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. O local escolhido pela comissão técnica para a recuperação não poderia ser melhor. Seguindo todos os protocolos estabelecidos pelo COB e ainda tendo a oportunidade de se vacinar contra a Covid-19, Hugo Calderano está cercado de profissionais que acompanham cada movimento do atleta. O Laboratório Olímpico do CT tem dados dos atletas frequentemente repassados pelas Confederações Brasileira, inclusiva pela de Tênis de Mesa (CBTM).

“Não existe atleta sem trabalho multidisciplinar. A gente alia saúde com performance. Isso inclui o trabalho médico, fisioterapia, preparação física, massoterapia, nutrição, trabalho de recuperação, descanso, preparação mental, biomecânica, fisiologia, entre outros. O fator psicológico é determinante para o atleta performar numa Olimpíada. Buscar os limites traz riscos. O atleta está sempre numa linha tênue. Aí entra o trabalho da equipe multidisciplinar, para dosar as cargas, juntamente com as comissões técnicas”, explica o médico Rodrigo Sasson.

Engana-se, por exemplo, quem acredita que o trabalho do CT Time Brasil se limita a curar atletas lesionados. Muitos treinam regularmente no local e fazem avaliações periódicas no Laboratório Olímpico seguindo todos os protocolos estabelecidos contra a COVID-19. É o caso, por exemplo, dos atletas do Programa de Desenvolvimento da CBTM: Giulia Takahashi, Laura Watanabe e Leonardo Iizuka. O trabalho preventivo, corrigindo possíveis falhas, é considerado fundamental.

“O mais importante da fisioterapia esportiva é ajudar o técnico a conduzir melhor as cargas. Essa simbiose é muito importante. Dando esse suporte, conseguimos que o atleta esteja mais tempo treinando e não saia de seu planejamento”, ressalta Ronaldo Aguiar, o coordenador de fisioterapia do COB.  

Dentro do processo, alguns nomes são fundamentais na preparação do melhor atleta latino-americano de tênis de mesa. Na preparação, além do técnico Francisco Arado, o Paco, da Seleção Brasileira, ele é acompanhado diretamente pelos técnicos Jean-René Mounié e Michel Blondel, pelo fisioterapeuta Mikael Simon e pelo psicólogo Makis Chamalidis.

“Nossa relação é muito boa. É realmente uma equipe. Tive bastante sorte de encontrá-los. O Jean-René é o cara que mais me conhece, talvez um pouco abaixo da minha mãe. Ainda obedeço mais a minha mãe, mas acho que ele vai entender (risos). Não posso deixar de mencionar o Michel Blondel. O trabalho que eles fazem, as horas que eles pensam em mim, pensando em como eu posso evoluir, qual o próximo passo na minha carreira. A relação é muito forte. O resultado é consequência”, finaliza Calderano.


Fonte: CBTM

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