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Darlan Romani volta ao Brasil e fala do desafio pós ouro no Mundial Indoor de Atletismo de Belgrado

Campeão mundial, com 22,53m, catarinense comemorou o primeiro passo dado rumo à Paris 2024 e vai retomar a preparação rapidamente para o Mundial ao ar livre, em julho

Por Comitê Olímpico do Brasil

22 de mar, 2022 às 12:46 | 3 min de leitura

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O catarinense Darlan Romani, que conquistou a medalha de ouro no arremesso do peso no Campeonato Mundial Indoor de Atletismo, em Belgrado, na Sérvia, voltou na manhã desta terça-feira, 22/3, ao Brasil, desembarcando junto com outros atletas no Aeroporto Internacional de São Paulo.

Darlan comemorou o primeiro passo rumo à Paris 2024. A princípio, retoma os treinos na próxima segunda-feira, no Centro Nacional Loterias Caixa de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista (SP). Fica no país até o dia 30 de abril, quando disputa o GP Brasil de Atletismo, no Rio de Janeiro. Depois, segue para o Camping de Treinamento em León, na Espanha, acompanhado de Justo Navarro, treinador da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) que trabalha com Darlan desde 2010. Ele vai treinar e também disputar etapas da Liga Diamante.

“Sigo direto da Europa para o Mundial do Oregon, nos Estados Unidos, em julho, e, em seguida, volto para as últimas etapas da Liga na Europa”, lembrou. “Tudo será acertado após uma conversa que terei com o Profe”, disse, referindo-se ao treinador.

De Belgrado, Darlan ligou para Navarro, que mora em Bragança Paulista. “Ele estava muito emocionado e feliz com o meu resultado” contou Darlan, que praticamente não dorme desde sábado (19/3), dia da conquista do ouro, com 22,53m, em que bateu Ryan Crousier, bicampeão olímpico, com 22,24m, e o ex-campeão mundial Thomas Walsh, com 22,31m.

“A minha marca em Belgrado foi igual a do Mundial de Doha, em 2019, quando fiquei em quarto lugar. Essa marca em pleno início de temporada é maravilhosa e estou muito satisfeito. A responsabilidade só aumenta”.

Darlan é muito apegado à família. Sempre que pode, como nos Jogos de Tóquio, onde ficou em quarto lugar, faz o "coraçãozinho coreano" em homenagem a filha Alice, de 6 anos. Lembra muito do pai, falecido, da mãe, e fez questão de visitar o irmão na UTI em Santa Catarina, vítima da Covid-19, e saiu de lá contaminado pelo vírus. Além da doença, teve de se submeter a uma cirurgia de hérnia de disco em fevereiro de 2021.

Embora feliz com os novos tempos – está bem de saúde, conta de novo com o apoio do especialista cubano Justo Navarro, que ficou fora do Brasil mais de um ano por causa da pandemia -, Darlan tem consciência que terá muitos desafios pela frente. “Depois desse ouro, a responsabilidade será maior, mas tenho certeza de que foi a primeira de muitas medalhas que vou dar ainda ao Brasil, a minha família e ao meu treinador”, comentou o catarinense, que completa 31 anos no dia 9 de abril.

Darlan foi quarto colocado nos dois últimos Mundiais que disputou, indoor de Birmingham-2018 e outdoor de Doha-2019 e também na Olimpíada de Tóquio. Muito feliz com a conquista, que encerrou “várias batidas na trave”, ele pediu a mulher, Sara Romani, ex-atleta do salto com vara, em casamento, no aeroporto. Casados no civil, vão celebrar essa união de 8 anos no religioso. “Só não sei quando, talvez ao final da temporada do atletismo”, disse Darlan, com a medalha de ouro no pescoço. 

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