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Luisa Stefani vê feitos históricos como inspiração para o tênis feminino e projeta dupla com Bia Haddad Maia

Tenista festeja retorno em alto nível após um ano parada e exalta importância do COB no processo de recuperação

Luisa Stefani vê feitos históricos como inspiração para o tênis feminino e projeta dupla com Bia Haddad Maia
Luisa Stefani com o troféu do WTA 1000 de Guadalajara. Foto: Divulgação

Luisa Stefani vem escrevendo capítulos importantes na história do tênis feminino brasileiro. Depois da histórica medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, jogando ao lado de Laura Pigossi, recentemente ela alcançou outro feito expressivo, ao enfrentar - e vencer - a compatriota Bia Haddad Maia na final de duplas do WTA 1000 de Guadalajara, no México. 

A tenista sabe do tamanho dos resultados que tem conseguido recentemente. E ela pretende usar isso não só pensando em sua carreira, mas também como parte para uma mudança de patamar e de visibilidade para o tênis feminino no Brasil.

"É uma grande honra e prazer representar o tênis brasileiro e trazer mais olhos para o tênis feminino. Isso me dá muita motivação, mostra que meu trabalho ajuda a inspirar muitas meninas, muitos jovens, dá mais atenção para o tênis. Mais visibilidade e mais popularidade. Além de tirar aquele estigma de que é muito elitizado, inalcançável para todos", disse ela, ao COB.

"Para mim é uma grande inspiração e motivação poder fazer tudo isso. Eu vou atrás dos meus objetivos, mas quero representar algo além. Saber que as responsabilidades que tenho podem ir muito além da minha carreira e da minha vida, a gente consegue também mudar o nosso esporte no país", explicou. 

Após a final, os pedidos para uma dupla formada por Luisa e Bia Haddad Maia se intensificaram. Ela pode acontecer neste fim de semana, na disputa na Billie Jean King Cup, na Argentina. 

Mesmo sem poder se comprometer com a compatriota, Luisa projeta a dupla com Bia e acredita que ela se tornará real, inclusive pensando nos Jogos Olímpicos Paris 2024.

"A gente conversa, somos muito amigas e recebemos muito essa pergunta. É mais uma questão de prioridade e calendário. Eu sou mais focada na dupla, ela é mais pro simples, mesmo indo muito bem nas duplas. Isso dificulta um pouco nos comprometermos de jogarmos sempre juntas.

Luisa durante os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Foto: Divulgação


"Podemos fazer uma potencial parceria na Billie Jean King Cup, dependendo do time, dos jogos. E mais para frente também. Uma semana ou outra que vamos conseguir encaixar, até pensando nos Jogos Olímpicos, imagino que vamos tentar jogar juntas, sim. Mas não vai poder ser um compromisso concreto. Acho que vai acontecer", declarou.

O título em Guadalajara já seria uma conquista histórica para Luisa Stefani. Mas ele se tornou ainda mais especial por ter acontecido logo nos primeiros torneios após voltar de um ano parada por conta de cirurgia no joelho. 

Nem a própria tenista imaginava um recomeço tão vitorioso após passar pelo longo período afastada.

"Foi muito tempo de recuperação, eu não tinha muito expectativa em como eu voltaria, mas pelos treinos eu sabia que estava bem. Era mais uma questão de jogar e ir resolvendo os novos problemas e sensações, ir sentindo as novas emoções. O resultado eu não esperava, mas eu não pensava em ganhar ou perder. Me impressionei nesse sentido. Mas pelo tanto que fiz na recuperação, eu esperava voltar bem. Não podia pedir nada mais do que voltar com resultados, mas voltar me sentindo bem. Ainda sei que tenho muita margem pra melhora. Mas o resultado foi mais do que eu poderia esperar', contou. 

E para conseguir voltar em alto nível, Luisa Stefani utilizou as instalações do Centro de Treinamento do Time Brasil, sobretudo o Laboratório Olímpico, durante sua recuperação. Na visão dela, o apoio do COB foi fundamental nesse período em diversos aspectos. 

"Foi essencial. O COB fez muita diferença em me dar confiança, um time muito equipado, uma equipe incrível. Foi muito bom ir para o Rio, trocar de ambiente, treinar no Maria Lenk convivendo com profissionais de muitas áreas e atletas de alto nível", explicou.

"Foi muito bom contar com a ajuda de todos os médicos, fisioterapeutas, pessoal do Laboratório, usei muito isso para conseguir ver o meu progresso. Eu sentia que estava melhorando, mas ver em números foi algo muito válido. Mentalmente foi incrível contar com essa ajuda, sentir que tinha uma equipe toda me ajudando a voltar bem e saudável. O COB sempre é parte da minha equipe e foi muito bom poder contar com esse apoio", completou. 



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