Luisa Stefani faz testes no CT do COB e projeta retorno às competições: 'Espero no segundo semestre estar de volta'
Tenista medalhista olímpica de bronze em Tóquio fez um check-up no Laboratório Olímpico para analisar a recuperação da lesão no joelho e teve boas notícias

Segurar
a ansiedade para voltar a competir, a fazer o que mais gosta, depois de uma grave
lesão é, sem dúvidas, um dos grandes desafios para os atletas. Para Luisa
Stefani, tenista medalhista de bronze nas duplas nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020,
a rotina de recuperação da lesão sofrida no ligamento cruzado anterior do
joelho direito em setembro do ano passado tem sido dentro do esperado. A atleta
visitou a sede do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nesta quarta-feira, 06/04,
para conhecer os bastidores do esporte olímpico, agradecer aos colaboradores do
COB na conquista da medalha olímpica e na recuperação e projetou uma volta às
quadras ainda em 2022.
“A progressão está indo 100% dentro do esperado, dentro do cronograma. Estou
feliz, tivemos boas notícias essa semana a respeito da recuperação. Agora é
paciência, seguir nesse caminho e espero no segundo semestre estar de volta,
competindo. Nos próximos meses é seguir progredindo passo a passo, sem pular etapas,
voltando a competir apenas quando estiver 100%, mas o mais breve possível”, disse
Stefani.
Além do feito inédito em Tóquio ao lado de Laura Pigossi, Luisa teve um grande
ano em 2021 com seu maior título no WTA 1000 de Montreal, no Canadá. Ela ainda foi
vice no WTA 1000 de Cincinnati, e fez finais em Miami, Adelaide, Abu Dhabi e
San Jose. Ainda disputou a semifinal no US Open, em que precisou abandonar após
lesão no joelho.
“Eu vim essa semana para me consultar o Dr. Rodrigo Sasson (médico do COB), fazer
avaliações do joelho para ver como a recuperação está progredindo. Já estou com
pouco mais de seis meses de cirurgia, voltando às quadras e ao treinamento levemente
mais intenso. Então, é importante fazer um check-up. Eu adoro treinar no CT do
COB, me dá um up na recuperação, fazer as avaliações, treinar, usar a fisioterapia,
todos os recursos que o COB disponibiliza”, completou.
Nesta semana, a tenista conviveu no Centro de Treinamento do COB, no Parque Aquático
Maria Lenk, com alguns dos melhores nadadores do país, que disputam o Troféu
Brasil no local. Já na sede, ela passou por todas as áreas administrativas,
esteve com o presidente Paulo Wanderley Teixeira, e também pode ver a exposição
do Memória Olímpica, que conta com uma das bolinhas usadas na final e autografadas
por ela e por Laura. As peças expostas na sede são uma forma de motivação para
todos que trabalham para o esporte olímpico.
“É muito especial ser uma inspiração para todo mundo que trabalha aqui. Por
isso que eu acho tão bom poder voltar pra cá, passar uma semana na estrutura do
COB, vir visitar porque a gente é um time, uma família. Foram os momentos mais
especiais da minha carreira, até da minha vida. Estar perto, sentir que eu
posso ser inspiração, ver que a gente teve um resultado tão bom e deixar uma
bolinha como símbolo de agradecimento para todo mundo que fez parte dessa
conquista nossa, principalmente para o tênis brasileiro, é muito motivador”,
contou a atleta, que fez a visita junto com a mãe Alessandra.
“Sabemos que no esporte a gente trabalha e o grande público não vê. É como aqui.
Foi muito legal poder juntar o trabalho que sabemos que é feito com os rostos
de quem faz. É bom conhecer de perto como é o esquema, ver todo mundo
quietinho, focado, trabalhando pelo esporte. É muito motivador estar perto e
conhecer um pouco mais”, explicou a tenista.
Em novembro do ano passado, Luisa chegou ao top-10 do ranking mundial nas
duplas, a primeira brasileira a entrar neste seleto grupo desde que o ranking
oficial feminino foi criado em 1975 e a quarta do país na história,
igualando-se a nomes como Gustavo Kuerten, Marcelo Melo e Bruno Soares.