Guto/Saymon elimina campeões mundiais e Brasil tem três duplas nas oitavas da etapa da Gstaad do Circuito Mundial de vôlei de praia
André/George cai diante de Holandeses. Evandro/Bruno Schmidt e Alison/Álvaro garantiram vaga direta às oitavas e não precisaram jogar na rodada

O Brasil garantiu a participação de três duplas nas oitavas de final no naipe
masculino do torneio de Gstaad (SUI), etapa cinco estrelas do Circuito Mundial
de vôlei de praia. Depois de Evandro/Bruno Schmidt (RJ/DF) e Alison/Álvaro
Filho (ES/PB) avançarem de forma direta no dia anterior, na rodada desta
quinta-feira (11.07), Guto e Saymon (RJ/MS) entraram em quadra duas vezes para
também conquistarem a vaga. André e George (ES/PB) acabaram se despedindo da
competição na repescagem.
Guto e Saymon abriram o dia jogando ainda pela fase de grupos, e venceram os
italianos Rossi e Carambula por 2 sets a 1 (17/21, 21/19 e 15/9). Um pouco mais
tarde, pela repescagem, os brasileiros enfrentaram Krasilnikov/Stoyanovski,
dupla russa que conquistou o título mundial no último domingo (07.07). No duelo
decisivo por uma vaga nas oitavas Guto e Saymon levaram a melhor por 2 sets a 0
(23/21 e 21/19).
“Semana passada nós os vimos na TV sendo campeões e hoje vencemos eles aqui em
Gstaad. Os caras vinham num ritmo muito bom, acho que ninguém esperava que a
gente fosse vencer esse jogo, pois ficamos quase um mês sem competir. Acredito
que jogamos soltos, com alegria e isso foi um diferencial. Nos atentamos para
os detalhes e essas vitórias vêm no detalhe”, comentou o defensor Guto.
Na próxima fase os adversários de Guto e Saymon são os suíços Gerson e Heidrich
nesta sexta-feira (12.07). Evandro/Bruno Schmidt e Alison/Álvaro Filho já
estavam classificados com as duas vitórias na fase de grupo e não precisaram
entrar em quadra nesta quinta-feira. Nas oitavas Evandro e Bruno enfrentam
Liamin/Myskiv (RUS). Alison e Álvaro medem forças com os vice-campeões
olímpicos na Rio 2016, os italianos Nicolai e Lupo.
André e George ficaram pelo caminho na repescagem. Eles foram superados pelos
holandeses Brouwer e Meewsen por 2 sets a 0 (23/25 e 19/21).
A competição em Gstaad rende cerca de R$ 150 mil para os campeões dos naipes
masculino e feminino. Ao todo, o torneio distribui cerca de R$ 2,3 milhões em
premiação aos atletas, além de oferecer pontuação alta para o ranking
internacional – 1.200 para os times vencedores.
Para a corrida olímpica brasileira, disputa interna entre duplas nacionais que
tentam representar o Brasil nos Jogos de Tóquio, o título em Gstaad rende 900
pontos, reduzindo 90 pontos para cada posição abaixo (veja quadro em anexo).
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do
Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com
peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores
resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os
pontos obtidos juntos, como dupla.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à
disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de
Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas
em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato
Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado
na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking
olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do
Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em
cada naipe já garantida.
Gstaad é um dos torneios mais tradicionais do Circuito Mundial de vôlei de
praia, presente desde 2000, sem ficar nem sequer um ano de fora do calendário.
Além disso, também é uma das paradas favoritas dos atletas, em meio ao verão
europeu e com a arena cercada pelas montanhas. O Brasil foi campeão oito vezes
no naipe masculino e nove no naipe feminino.