Em parceria com o COB, CBVela realiza avaliação antropométrica em atletas com menos de 16 anos
Projeto da Confederação, em parceria com a área de Desenvolvimento Esportivo do COB, tem objetivo de traçar perfil dos atletas da classe Optimist

Alguns dos maiores nomes da Vela nacional como Torben Grael,
Kahena Kunze, Martine Grael, Fernanda Oliveira, Isabel Swan, dentre outros,
começaram a navegar num barco da classe Optimist, considerada a porta de
entrada competitiva na modalidade. Por isso, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB), por meio da Área de Desenvolvimento Esportivo, firmaram uma parceria para realizar avaliação antropométrica nos
atletas que disputam o Campeonato Brasileiro de Optimist e a Copa Brasil de
Estreantes, no Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ), na Urca, zona sul do Rio de
Janeiro, até o próximo dia 16 de janeiro. Todos os atletas avaliados têm até 16
anos.
“A classe Optimist tem sido o grande fornecedor de atletas e velejadores que
ficam vinculados à nossa modalidade a vida toda, não somente no alto
rendimento, mas também desde uma visão mais lúdica e amadora”, disse Juan
Sienra, Gerente Técnico da CBVela. “Muitos destes velejadores e velejadoras
podem ser os futuros Torben, Robert, Martine, Fernanda, Kahena ou Isabel do
futuro! Mas também pode ser o velejador do final de semana em seu barco de
oceano, um kitesurfista, ou um apaixonado pela vela em geral”, completou.O objetivo das avaliações é entender os perfis dos atletas e futuros
ingressantes do “Programa Vela Jovem” – que compreende as classes 420, 29er,
Laser Radial, Bic Techno 293+, Snipe e Nacra 15 - buscando potencializar o alto
rendimento do esporte. A iniciativa permitirá ter a primeira estatística de
morfologia dos atletas brasileiros, não somente para avaliações de saúde e
performance a curto prazo, mas também para criar uma estratégia de
investimentos a longo prazo.
“Essa parceria vai conseguir traçar o perfil de quem são os atletas que
ingressam na modalidade. No longo prazo, com os dados em mãos, será possível
ser mais assertivo na identificação e investimento em atletas com grande
potencial. Acreditamos que esse é um grande passo para a manutenção do
desempenho esportivo da CBVela a longo prazo”, disse Kenji Saito, gerente da
área de Desenvolvimento do COB.
A classe Optimist é uma das mais praticadas na vela mundial
por ser uma categoria de introdução à modalidade. O barco de 2,34 metros
oferece facilidade para que crianças e adolescentes de até 15 anos aprendam as
principais funções de um monotipo. Além de ser uma embarcação de iniciação à
vela e de excelente custo benefício, o formato impede velocidades elevadas,
garantindo, assim, a segurança do Optimist.
O veleiro suporta até 60 quilos e pode ser
conduzido por pequenos de 7 a 15 anos. O nome, traduzido do inglês, quer dizer
otimista. Hoje, a organização que cuida da categoria mundialmente estima que
mais de 100 mil crianças tenham um modelo.