Nos passos da mãe Hortência, João Victor Oliva sonha um dia ser um ídolo em seu esporte
Cavaleiro é o representante do Time Brasil na disputa do hipismo adestramento, que se inicia neste sábado, 24 de julho

Filho
da rainha Hortência, do basquete, João Victor Oliva, do hipismo adestramento, foi
o primeiro atleta do Time Brasil a se instalar na Vila Olímpica. No Japão desde
o dia 15 de julho, o paulistano, de 25 anos, faz sua estreia nos Jogos
Olímpicos Tóquio 2020 neste sábado, 24. Se os arremessos de Hortência a levaram
à fama e a se tornar uma referência no basquete, João Victor almeja trilhar um
caminho similar, para que o hipismo adestramento se torne mais conhecido – e
por que não, praticado – no Brasil.
“Um
dia eu pretendo ser um ídolo no meu esporte, para que ele tenha mais
reconhecimento e mais pessoas o pratiquem no Brasil. Um bom resultado aqui em
Tóquio pode incentivar novos projetos no país, fazer com que crianças passem a
praticá-lo e por aí vai”, disse o cavaleiro, o único brasileiro a disputar a
modalidade em Tóquio.
O
esporte de João Victor é muito diferente daquele praticado por sua mãe –
medalha de prata nos Jogos de Atlanta 1996 –, mas, assim como ela, precisa em
seus arremessos, o atleta tem de ter a perfeição como marca. Cavalo e cavaleiro
têm de estar em fina sintonia para que executem os movimentos com elegância,
destreza, calma, descontração e flexibilidade, em três andaduras naturais:
passo, trote e galope.
“Venho
treinando muito bem, o cavalo também está muito bem e espero fazer uma
apresentação sem erros. Esse é um esporte em que você concorre com você mesmo. É
fazer o mais perfeito que der para obter o melhor resultado possível”, disse
João, que vai competir no Equestrian Park com seu cavalo – e seu parceiro, seu
amigo – Escorial Horsecampline.
No
currículo de João Victor há duas medalhas em Jogos Pan-americanos (bronze em
Toronto 2015 e Lima 2019) e duas em Jogos Sul-americanos (ouro em Santiago 2014
individual e por equipes). Pela segunda vez, disputa uma edição dos Jogos
Olímpicos – esteve no Rio 2016.
“Estar
numa edição olímpica já é uma grande vitória, mesmo nessa, tão diferente, com
público ou não. É focar no lado bom e estar feliz pela chance de representar o
Brasil mais uma vez”.