Confederação Brasileira de Judô celebra 50 anos de fundação
Em meio século de trabalho e conquistas, judô brasileiro transformou-se em potência mundial e uma das modalidades mais vitoriosas do Brasil em Jogos Olímpicos

A Confederação Brasileira de Judô celebra nesta segunda-feira 50 anos de fundação. Em 18 de março de 1969, o Judô nacional, que até então era dirigido pela Confederação Brasileira de Pugilismo, ganhou independência sob o comando da CBJ. O maior impulso veio em 1964, quando o judô ingressou no programa olímpico dos Jogos de Tóquio 1964, onde fomos representados por Lhofei Shiozawa, o primeiro judoca olímpico brasileiro. E o reconhecimento final da CBJ chegou com o primeiro judoca a subir no pódio olímpico, Chiaki Ishii, medalhista de bronze em Munique 1972.
De lá para cá, a Confederação desenvolveu-se como instituição esportiva, organizou e promoveu o judô nacionalmente até transformar o Brasil em uma das maiores potências mundiais no esporte criado por Jigoro Kano. Em 2012, o judô assumiu a posição de esporte brasileiro com o maior número de medalhas em edições de Jogos Olímpicos e se manteve em 2016 como modalidade mais vitoriosa do país. São 22 pódios olímpicos conquistados pelos judocas brasileiros.
Ídolos que ajudaram a construir uma nação de judocas. Segundo estimativa do Atlas do Esporte, cerca de dois milhões de brasileiros praticam judô atualmente. A modalidade está presente nos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal e organizada no sistema federativo com 27 Federações Estaduais filiadas à CBJ.
"Muito me honra estar à frente da CBJ nesse aniversário de 50 anos. É uma grande responsabilidade liderar uma modalidade tão vitoriosa e dar continuidade ao legado deixado pelos imigrantes japoneses pioneiros do Judô no Brasil, pelos presidentes que geriram esta instituição, professores, patrocinadores, técnicos, árbitros e, sobretudo, pelos atletas que construíram o judô brasileiro", pontua Silvio Acácio Borges, presidente da CBJ. "A CBJ é, hoje, uma referência a nível nacional, continental e mundial, não apenas dentro do tatami, como também a nível de gestão. Seguiremos nesse caminho, com trabalho responsável sempre buscando a excelência em todos os níveis."
Borges é o sétimo presidente a comandar a Confederação nesse meio século de fundação. Antes dele, dirigiram a entidade Augusto de Oliveira Cordeiro (1969-1979), Miguel Martins Fernandez (1980-1981), Sérgio Adib Bahi (1982-1984), Joaquim Mamede de Carvalho e Silva (1985-1990), Joaquim Mamede de Carvalho e Silva Júnior (1991-2000) e Paulo Wanderley Teixeira (2001-2017).
Manifesto CBJ
Em 2014, junto com o lançamento de sua nova marca, a CBJ lançou também o manifesto que reflete os valores do judô brasileiro e a essência da marca: Preparados Para Vencer.
A partir desta segunda-feira, uma placa com o texto do Manifesto será fixada na sede da CBJ, no Rio de Janeiro, dando início às comemorações oficiais do cinquentenário, que será celebrado ao longo de todo o ano de 2019 nos eventos oficiais do calendário nacional e em ações especiais da entidade.
"Somos feitos de garra e determinação. Vivemos o coletivo, pensamos no plural e compartilhamos as mesmas crenças.
Crescemos competitivos e construímos um modelo de gestão profissional reconhecido, que traz resultados concretos.
Temos orgulho de representar o judô brasileiro e de poder construir histórias de valor que serão contadas por muitas gerações. Mais que um esporte, o judô é nossa razão de ser e nossa postura de vida.
Movidos pela paixão esportiva, nos tornamos referência em excelência. Somos a CBJ. Somos preparados para vencer, cada vez mais e melhor."