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Jogos da Juventude

Com 2,03m aos 15 anos, central Lucas Perrut chama a atenção nos Jogos da Juventude

Olhar clínico da mãe levou o jogador do Pará, que tem inspiração no xará campeão olímpico Lucão, a se destacar nas quadras

Por Comitê Olímpico do Brasil

10 de set, 2023 às 06:50 | 7 min de leitura

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O choro da derrota na semifinal da 2ª divisão do vôlei masculino nos Jogos da Juventude Ribeirão Preto 2023 evidencia o quanto Lucas Perrut se empenha para ser alguém no esporte. Potencial não falta. Aos 15 anos e com 2,03m, o central chama a atenção por onde passa. Neste domingo (10), ele será uma das atrações do Pará na disputa pelo bronze da 2ª divisão, contra o Ceará, às 16h30, no ginásio do Colégio Liceu Albert Sabin.

Nascido em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, Perrut foi imponente nos bloqueios na semifinal entre Distrito Federal e Pará, no último sábado (9). Os meninos do Centro-Oeste levaram a melhor por 3 sets a 2. Ao final do jogo, o gigante recebeu o carinho dos companheiros paraenses, que fazem tudo para mostrar a ele o mundo de possibilidades que o esporte pode proporcionar.


"Gosto muito do ambiente e das pessoas que o vôlei me deu. Em quadra, minha paixão é bloquear. É um trabalho duro que eu faço lá em Belém todo santo dia para me tornar um jogador melhor. E também procuro evoluir no ataque. Quero fazer testes em clubes grandes e construir uma carreira boa. Vou focar no Campeonato Brasileiro Interclubes (CBI) sub-19 para ganhar mais visibilidade", contou Perrut, que tem um xará campeão olímpico como inspiração.

"Eu gosto muito do Lucão. É um cara que eu vejo como uma referência. Como também me chamo Lucas e jogo na mesma posição, tenho ele como espelho. Ele tem 2,09m. Eu espero chegar a uns 2,15m", diz Perrut.

O jovem mudou-se para Belém aos oito anos, após o pai Marcelo, que é suboficial da Marinha, ser transferido para a capital paraense. Na infância, o garoto só queria saber do futebol. Mas a percepção da mãe Monique, que já sonhou em ser atleta de vôlei, foi certeira. Consciente do potencial do filho, ela o colocou em uma escolinha da modalidade.

"Tivemos que dar uma pausa na escolinha de futebol por causa da pandemia. No retorno às atividades, o Lucas cresceu de estatura de forma assustadora. Aos 13 anos, já tinha 1,90m. Apesar de não termos influência na modalidade, o pai foi atleta militar e acabou influenciando para a prática do esporte. Mas mãe tem olhar clínico, né? Eu achei que ele pudesse aprender outro esporte e dei essa opção, que por sinal acho que era um sonho meu reprimido (risos)", conta Monique, que é pedagoga.


A oportunidade de ser observado nos Jogos da Juventude motiva Perrut, que não esconde a gratidão pelo trabalho desenvolvido no estado que o acolheu. Atualmente, o central defende o Vôlei Azulino, equipe de base do Clube do Remo, e participa de competições pelo Colégio Santa Rosa, onde é bolsista.

A equipe que viajou para Ribeirão Preto é treinada por Elinho Cunha, que já lapidou joias do cenário nacional, como a levantadora Naiane, da seleção brasileira, e o central Lucas Barreto. No elenco paraense, o levantador Gabriel, de 16 anos, é outro nome de destaque, convocado este ano para os treinos da seleção brasileira sub-17.

De olho em Minas Gerais

Além da medalha nos Jogos da Juventude, o objetivo de Perrut é aumentar a lista de jovens talentos descobertos no Pará a brilhar nas quadras do Brasil. Ele mantém contato com o amigo Kayo Loureiro, natural de Belém, que este ano se mudou para Belo Horizonte após ser aprovado em uma seletiva do Minas Tênis Clube. Kayo, que é líbero da seleção brasileira sub-17, conquistou em agosto o título do Sul-Americano da categoria.

"Meu sonho hoje é jogar no Minas. Quero fazer as categorias de base em um clube referência para depois me profissionalizar. O Kayo jogou comigo no Remo e me fala muito bem de lá. Ele conta que dá para evoluir bastante. Vou me dedicar para isso", garante Perrut.


Vôlei nos Jogos da Juventude

São Paulo x Pernambuco (Feminino) e Rio Grande do Sul x Distrito Federal (Masculino) são os jogos decisivos da segunda divisão do vôlei nos Jogos da Juventude Ribeirão Preto 2023. Rio Grande do Norte e Distrito Federal disputam o bronze dentre as garotas. E Ceará e Pará se enfrentam por medalha entre os garotos. 

Na terceira divisão, as decisões serão Ceará x Amazônia (Feminino) e Santa Catarina x Goiás (Masculino). Os bronzes virão de Rondônia x Goiás (Feminino) e Rondônia x Acre (Masculino).

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