Alice Padilha, do esqui alpino, e André Luiz Silva, do bobsled, serão os porta-bandeiras do Brasil em Gangwon 2024
Cerimônia de abertura será realizada no próximo dia 19, às 8h da manhã (horário de Brasília), com transmissão no olympics.com

Alice Padilha, do esqui alpino, e André Luiz Silva, do bobsled,
foram os nomes escolhidos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para carregar a
bandeira do país na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, que
será realizada no próximo dia 19, a partir das 8h (horário de Brasília), com
transmissão no olympics.com.
Eles receberam a notícia de Matheus Figueiredo, chefe da Missão do Brasil em
Gangwon 2024 separadamente. Alice, que está na Vila High 1, em Jeongseon, foi
informada virtualmente, enquanto André teve toda a delegação brasileira ao seu
lado na hora de receber a notícia. Ambos representam bem a formação da
delegação brasileira.
“A escolha reflete o que é o Time Brasil em Gangwon 2024. Ambos são jovens que
também se destacam pelo desempenho, mas diferem em alguns pontos. Alice, um
pouco mais tímida, brasileira que mora e treina fora do Brasil, mas apaixonada
por representar o país nos esportes de neve. Já o André, fruto de um projeto de
captação dos esportes no gelo, que reside no Brasil e já pratica a modalidade há
três temporadas, sempre evoluindo em termos de desempenho. Acredito que temos
uma dupla que se completa e é a cara do Brasil. Será uma experiência incrível
para eles, que terão a responsabilidade de representar nossas cores diante de
toda a comunidade olímpica”, disse Matheus.
Alice nasceu no Rio de Janeiro, em 22 de junho de 2007, e atualmente vive na
cidade de Killington, em Vermont, nos Estados Unidos. Ela é fã de Lindsey Vonn,
campeã olímpica em Vancouver 2010 e dona de quatro títulos gerais em Copas do
Mundo, e que superou várias lesões durante a carreira. “Adoro observar a forma
como ela esquia e quão rápida ela é. Tento me inspirar nela na força de vontade
e dedicação”.
A jovem começou a esquiar quando tinha seis anos em um pequeno clube em
Connecticut, no Estados Unidos, junto com os irmãos. Ela conheceu a corrida com
esqui e, quando os treinamentos passaram a ser mais sérios, a família se mudou
para Vermont, também nos Estados Unidos, onde segue praticando e evoluindo. Entre
os principais resultados estão o 17º lugar no slalom em Perito Moreno, o 12º
lugar no slalom em Cerro Catedral, e o 28º lugar no slalom gigante na etapa de Whistler
da Copa U16.
“Vai ser muito legal ser a porta-bandeira do Brasil! Obrigado a todo mundo que
me escolheu, não imaginava que seria eu. Estou extremamente feliz por
representar o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude. Acredito que as
Olimpíadas são um objetivo incrível para todo atleta e estou contente por ter
conseguido alcançá-lo”, disse Alice.
André nascido em Santo André, ainda reside na cidade do ABC paulista, e pratica
o bobsled desde a temporada 2021/2022 com bons resultados. O jovem, que é fã de
Cristiano Ronaldo por seu foco, disciplina e dedicação, sempre esteve ligado à
prática esportiva. Quando conheceu Edson Bindilatti, teve a oportunidade de
descobrir também o bobsled. Foi chamado para realizar uma peneira e foi
selecionado. A adrenalina do esporte o fez permanecer na modalidade.
“É uma felicidade inexplicável. Eu não só irei levar a bandeira do Brasil, estarei
representando nossa nação e todos que estão aqui comigo. Todos são merecedores!
É mais uma ação que eu vou aproveitar nessas Olimpíadas”, contou André.
A cerimônia de abertura vai terminar com o tradicional acendimento da pira
olímpica da Juventude. Além disso,
Gangwon 2024 apresentará uma
“pira digital”, que também será “acesa” durante a cerimônia, mas do lado
de fora, no Parque Olímpico de
Gangneung.
Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude
Os Jogos Olímpicos da Juventude de 2024 serão disputados de 19 de janeiro e 1º
de fevereiro de 2024, e reunirão 1900 atletas, 950 homens e 950 mulheres, de 15
a 18 anos de idade, de todo os cantos do mundo. Serão 15 esportes em disputa em
81 eventos de medalhas.
Gangwon é o nome da província que abriga as cidades de Pyeongchang e Gangneung,
ambas foram sedes dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 e aproveitarão as
estruturas construídas para o evento. E o Brasil já inicia o evento com uma
marca importante: o recorde tanto no número de atletas (17), quanto no de
modalidades (08) numa edição dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude.
Além dos atletas já citados, o Brasil terá Pedro Ribeiro, Guilherme Melo, Julia
Gentile e Rafaela Ladeira, no curling; Ian Francisco da Silva, Gabriel Santos,
Mariana Silva e Júlia Reis, no esqui cross country; Mariana também disputará o
biatlo; João Teixeira, na prova de halfpipe do snowboard; Alice Padilha e
Arthur Padilha, no esqui alpino; e Lucas Koo, na patinação velocidade – pista
curta.
A primeira edição foi realizada em 2012, em Innsbruck, na Áustria. O evento
reuniu cerca de mil atletas de mais de 60 países, disputando 15 modalidades
esportivas. O Time Brasil foi representado por dois atletas de 15 anos: a
paulista Eliza Nobre, 42ª no slalom gigante; e pelo cearense Tobias Macedo, 33ª
posição no geral do slalom especial, e em 9º entre os atletas de sua idade,
sendo o melhor sul-americano.
Lillehammer 2016 contou com cerca de 1.100 atletas de 70 países disputando 15
modalidades, algumas com formato inédito. O Time Brasil foi representado por
dez atletas: Altair Firmino, no esqui cross country; Michel Macedo, no esqui
alpino; Laura Amaro e Robert Barbosa, no skeleton; Jéssica Victoria e Marley
Linhares, no monobob; e uma equipe de curling formada por Elian Rocha, Giovanna
Barros, Raissa Rodrigues e Victor Santos.
Destaque para o 15º lugar obtido por Michel Macedo no Super-G. Esta foi a
melhor colocação do esqui alpino brasileiro em eventos olímpicos, de jovens ou
adultos. No monobob, Marley Linhares e Jéssica Victória chegaram ao oitavo e
nono lugares, respectivamente, mostrando talento na pilotagem a mais de
110km/h.
Lausanne 2020, terceira edição dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude,
contou com um número igual de atletas masculinos e femininos. Cerca de 1.880
atletas competiram em 8 esportes. O Time Brasil contou com 12 atletas, de 6
modalidades: Noah Bethonico, no snowboard cross; Manex Silva, Rhaick Bonfim,
Eduarda Ribera e Taynara da Silva, no esqui cross-country (Taynara também
disputou o biatlo); Lucas Carvalho e Larissa Cândido, no skeleton; Gustavo
Ferreira, no monobob; e a equipe mista de curling composta por Gabi Rogic
Farias, Michael Velve, Vitor Melo e Leticia Cid.
No snowboard cross, em que o Brasil foi representado no evento pela primeira
vez, Noah Bethônico ficou na 11ª colocação, a apenas três posições de avançar à
final, garantindo a melhor colocação entre os atletas brasileiros em Lausanne.
Ainda no gelo, a equipe mista de curling do Brasil marcou pontos em todos os
jogos em uma competição internacional pela primeira vez e ainda quebrou os
recordes de pontos marcados em uma mesma partida, na derrota de 12 a 3 para
Dinamarca, em que venceu dois ends.
Já na neve, o Brasil teve o melhor sul-americano em todas as provas de esqui
cross-country que disputou, com direito a recorde de pontos FIS em todas elas.
Destaque para o Top 40 de Manex Silva na prova de Sprint.