Aberto da Austrália de tênis de mesa inicia trajetória de grandes torneios para Calderano até julho de 2020
Brasileiro estreia na competição na madrugada desta quinta e terá Pan de Lima, Copa do Mundo e Olimpíada pela frente no último quarto do ciclo olímpico

O brasileiro Hugo Calderano estreia no final da madrugada desta quinta-feira
(11), no Aberto da Austrália, etapa platinum do Circuito Mundial de Tênis de
Mesa. O adversário será o sul-coreano Cho Seungmin, 83° do ranking mundial, às
4h30 (horário de Brasília), pela fase 32. Os atletas se enfrentaram duas vezes
em competições internacionais, com uma vitória para cada lado. No último
confronto, nas oitavas de final do Aberto da Coreia do Sul de 2018, vitória do
brasileiro, por 4 a 0.
Mais do que uma grande competição do Circuito Mundial, o Aberto da Austrália
pode ser considerado um marco na trajetória do brasileiro Hugo Calderano. O
torneio em Geelong é o primeiro do mesa-tenista após um período de breve
descanso, no intervalo da temporada europeia, e inicia o último quarto de um
ciclo olímpico que se desenha fabuloso para o craque das raquetes.
Daqui a exatamente um ano, Calderano deverá estar se preparando para a estreia
nos Jogos Olímpicos de Tóquio, marcado para começar no dia 24 de julho. E terá
bons desafios neste caminho. No início de agosto, vai buscar o bicampeonato
individual e de equipes dos Jogos Pan-Americanos. Em novembro, disputa a Copa
do Mundo Individual, podendo também ter pela frente a Copa do Mundo de Equipes,
evento-teste para a Olimpíada no Japão. Além disso, os eventos regulares do
Circuito Mundial.
O descanso foi fundamental para o atleta, que vinha de temporada desgastante,
com a conquista da Bundesliga (a Liga Alemã), Copa da Alemanha e Copa
Pan-Americana, a disputa do Mundial de Budapeste, além das competições do Circuito
Mundial. Calderano acredita que esse relaxamento possa ser positivo.
“Tive um período de descanso antes de retomar os treinos da Alemanha, e meu
corpo está bem. Chego descansado. Talvez sem o mesmo ritmo de jogo dos outros,
mas foi importante descansar um pouco depois da última temporada. Espero que
isso me dê uma pequena vantagem com relação aos outros atletas que estão
treinando e jogando há mais tempo”, explica.
Com apenas 20 anos em 2016, Calderano mostrou sua força na última Olímpiada, no
Rio, chegando nas oitavas de final, melhor campanha de um brasileiro na
história, ao lado de Hugo Hoyama (Atlanta-1996). Desde então, vem construindo
uma trajetória de recordes, atingindo a melhor posição de um atleta das
Américas desde a criação do ranking mundial e igualando a melhor campanha de
brasileiros em Campeonato Mundiais, entre outras marcas.
Nesta reta final de ciclo olímpico, Calderano chega como o melhor não-oriental
do ranking mundial. É o sétimo da lista, sendo antecedido por cinco chineses e
um japonês.