Daiane dos Santos relembra primeira competição com o Time Brasil no 'Meu Sula'

A primeira vez da então jovem Daiane dos Santos com a camisa do Time Brasil em uma grande competição internacional marca a terceira edição do quadro “Meu Sula”, do Canal Olímpico do Brasil, em que ex-atletas ícones do esporte brasileiro relembram momentos marcantes disputando a principal competição multimodalidades do continente. Na edição dos Jogos Sul-americanos Cuenca 1998, a jovem Daiane, de apenas 15 anos, conquistou três medalhas e começou ali a despontar como grande representante da ginástica artística nacional. Ela mergulhou nesse baú de histórias em mais essa produção do Canal.

A ex-ginasta lembra com detalhes da sensação de grandiosidade ao chegar para competir pela primeira vez em um evento de diversas modalidades. Mesmo com a pouca idade, Daiane saiu daqueles Jogos com três medalhas na bagagem: ouro no salto, ouro por equipes, e bronze no solo, aparelho no qual cinco anos mais tarde, em 2003, ela conquistaria o inédito título mundial.

“Eu lembro da magnitude do evento, muitas pessoas chegando junto, muitas modalidades confraternizando juntas no mesmo espaço. Aquele sentimento de ‘nossa, eu sou da seleção’ me veio ali. E naquele momento eu entendi que queria ser Time Brasil para a minha vida”, ressaltou, relembrando também o aspecto cultural da cidade equatoriana.

“Os Jogos Sul-americanos de Cuenca me deram essa visão de mundo fora dos limites do Brasil. Eu tinha feito poucas viagens até então com a seleção de ginástica e ali eu consegui ter acesso a uma cultura completamente diferente da nossa. Fomos passear um dia e lembro das feirinhas de artesanato e das moças vestidas com um traje colorido e usando tranças. Comprei uma bonequinha de recordação e trouxe para a minha mãe junto com as medalhas. Isso me marcou muito”, recordou.

A possibilidade de disputar uma grande competição pela primeira vez foi ressaltada por Daiane como a “virada de chave” no alto rendimento esportivo. Para ela, ter participado dos Jogos Sul-americanos naquele momento foi de fundamental importância para projetá-la internacionalmente. 

“A grande lição desses Jogos foi a importância de vestir a camisa do Brasil e entender que eu estava representando todo o nosso povo ali, não só a ginástica. Entender esse processo foi muito legal, inclusive para perceber como Cuenca foi importante para que eu me tornasse uma campeã do mundo lá na frente, cinco anos depois. O sentimento de grupo, de união, amizade, excelência e respeito, que falamos tanto no esporte, começou para mim naqueles Jogos. Então, mexer nesse baú não tem como não se emocionar”, finalizou. 

As lembranças de Daiane dos Santos fazem parte do terceiro episódio do “Meu Sula”, que, através dessas memórias, esquenta o Time Brasil para os Jogos Sul-americanos Assunção 2022. Já contaram suas respectivas histórias na produção do Canal Olímpico do Brasil o ex-judoca Flávio Canto e a ex-taekwondista Natália Falavigna.