Com gigante chorando e brasileiro “norte-americano”, wrestling conquista mais três medalhas no estilo livre
Nesta sexta, 14, Time Brasil faturou prata com Cesar Alvan e mais dois bronzes com Guilherme Pradella e Giovanni Piazza; ao todo, foram 11 medalhas

O Time Brasil faturou mais três medalhas no wrestling nesta sexta, 14, último dia de disputas da modalidade nos Jogos Sul-americanos Assunção 2022.
No estilo livre masculino, Cesar Alvan (74kg) ficou com a medalha de prata, enquanto Giovanni Piazza (86kg) e Guilherme Pradella (125kg) conquistaram o bronze.
Cesar, que
nasceu nos Estados Unidos, filho de pais brasileiros, fez a estreia com em
missões do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e ficou muito perto do ouro --foi derrotado na decisão pelo venezuelano Anthony Chirinos.
“Foi muito incrível chegar a essa final de Jogos Sul-americanos, os meus
primeiros, no meu primeiro ano de seleção brasileira. Tenho só 20 anos. Eu vim
aqui para competir e sabia que poderia lutar pela medalha de ouro, mas, infelizmente,
não deu dessa vez. É o esporte. Graças a Deus, tive essa oportunidade de estar
lutando e representando o Brasil”, contou o jovem, que iniciou na modalidade por influência do pai, faixa preta de jiu-jitsu, que sempre teve a certeza de que
queria lutar pelo Brasil.
“Fui crescendo e um dia me encontrei com o wrestling. Eu amo os Estados Unidos também,
mas representar o país da minha família é uma benção, sempre tive essa vontade.
Agora, vou voltar para os Estados Unidos, representar minha escola. Treinar, lutar
e melhorar para conquistar mais coisas. Tenho muitos anos ainda no esporte para
defender o Brasil. Vou dar o meu melhor para um dia chegar ao ouro em tudo”,
completou.
Mas o momento mais emocionante do dia foi a vitória de Guilherme Pradella na
última luta do rodízio todos contra todos, contra o panamenho Orlando Jotty, por
Touche. Depois de perder para o venezuelano José Robertti e para o argentino
Catriel Muriel e vencer o paraguaio Marco Escobar, ele precisava da vitória
para chegar ao pódio. E ela veio no finalzinho do combate, o que rendeu muitas
lágrimas ao gigante de 125kg. Um momento emocionante.
“Essas lágrimas significam mais de 10 anos de trabalho duro sendo colhidos no
dia de hoje. Uma sensação muito gratificante. Dedico essa medalha aos
treinadores que acreditaram em mim: o búlgaro Ivan Tsochev, o Daniel Alvarez, o
Pirata, e o iraniano Sajad Salami. Ofereço também a todos os amigos que se
fizeram presentes ao treinamento, minha família, minha equipe, profissionais da
saúde e todo mundo que fez parte desse resultado”, disse o gaúcho, que não escondeu
o alívio por ter conquistado o bronze.
“Essa é a maior competição da minha vida. Tinha pressão por um resultado, mas, graças
a Deus, conseguimos fazer um bom preparo mental e trazer essa medalha para o
Brasil com muito esforço, muito trabalho e muita alegria”, concluiu.
Ao todo, foram 11 medalhas do wrestling em Assunção 2022, superando os
desempenhos da modalidade em Cochabamba 2018 e Santiago 2014. Além das três
medalhas nesta sexta, também no estilo livre, mas no feminino, Lais Nunes (62kg)
foi ouro, Giullia Penalber (57kg) e Thamires Machado (68kg) ficaram com a prata,
enquanto Gracyenne Helena (53kg) conquistou o bronze. No estilo greco-romano, pratas
para Kenedy Pedrosa (67kg), Joilson Júnior (77kg) e Igor Queiroz (97kg), além
de bronze para Ronisson Brandão (87kg).