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Rogério Sampaio apresenta painel sobre 'Desafios da gestão esportiva no Brasil'

Campeão olímpico e diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil fala, ao lado de João Paulo Gonçalves da Silva, superintendente executivo do CBC, sobre o futuro do movimento olímpico do Brasil

Por Comitê Olímpico do Brasil

25 de set, 2023 às 14:00 | 4 min de leitura

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Um dos painéis que movimentou o público na programação vespertina da COB Expo foi o “Desafios da gestão esportiva”. Ex-atletas como o medalhista olímpico Henrique Guimarães, dirigentes de clubes e entidades associativas e profissionais de diversas áreas se reuniram para ouvir Rogério Sampaio, diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB), e João Paulo Gonçalves da Silva, superintendente executivo do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), falarem sobre obstáculos que precisam ser enfrentados em prol do desenvolvimento do esporte olímpico no Brasil.

“O grande desafio em termos de resultados é superar o que conquistamos nos últimos grandes eventos multiesportivos, já que tivemos as melhores campanhas da história tanto nos Jogos Pan-americanos Lima 2019, quanto nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Não será fácil principalmente por termos apenas 3 anos entre uma Olimpíada e outra, é pouco tempo para maturação de novos talentos. Em termos de gestão, nosso grande desafio atualmente é a legislação. Precisamos estar muito atentos porque qualquer pequena mudança gera um grande impacto em diversas áreas administrativas, desde a Tecnologia da Informação até a Diretoria Financeira”, contou Rogério.

Para o CBC, o crescimento da quantidade de filiados se tornou um desafio para os investimentos que a entidade está fazendo. “São mais de 800 clubes utilizando os mesmos recursos que eram para 14, quando a entidade nasceu. Nossos grandes desafios são fazer mais com menos recursos e buscar novas fontes de financiamento. Além disso, também queremos aumentar número de esportes olímpicos contemplados em nossas ações e aprimorar a tecnologia para otimizar os recursos e melhorar a gestão”, contou João Paulo.



Mas antes de falar dos desafios, Rogério apresentou os obstáculos que já foram superados pelo COB nos últimos anos até atingir o patamar que a entidade tem hoje. “Com as ações implementadas, o Comitê passou a ser procurado pelas empresas que querem se associar aos valores do esporte. Isso é um passo muito importante para a evolução nos resultados”, contou.

De acordo com Rogério, os grandes eventos, especialmente os Jogos Olímpicos Rio 2016, deixaram um legado importante das construções esportivas, mas que não é o único. O Programa Transforma, de promoção dos Valores Olímpicos, é um deles. Fomentar a educação olímpica e os valores primordiais de respeito, amizade e excelência nas crianças, através dos conteúdos educacionais, dentro da Base Nacional Comum Curricular, é muito importante”.

Outro legado é o da legislação esportiva. A Lei Agnelo-Piva em 2001, a Lei Bolsa-atleta 2004, a Lei de Incentivo ao Esporte em 2006, e a Lei Bolsa Atleta Pódio em 2011 são alguns dos bons exemplos de políticas públicas que incentivaram o movimento olímpico. “A garantia de recursos, a chamada previsibilidade, nos permite planejar a médio e longo prazo, o que é fundamental no esporte”.



O campeão olímpico também comentou sobre os investimentos na imagem do Movimento Olímpico. Na Comunicação, o diretor-geral citou ações como o Canal Olímpico do Brasil, que tem transmitido eventos nacionais sem espaço nas tvs tradicionais e grandes competições, e a expansão do alcance das redes sociais do Time Brasil, que contam com mais de 5 milhões de seguidores. Já no Marketing, Rogério deu destaque para a realização de grandes projetos como a Casa Brasil em Santiago 2023 e Paris 2024 e a COB Expo, que permitem o intercâmbio entre vários stakeholders ligados ao esporte.

Para o futuro, o COB já tem suas prioridades de investimento. “Uma delas é o fortalecimento do Instituto Olímpico Brasileiro, o braço educacional do COB. A capacitação dos profissionais das mais diversas áreas é fundamental para o desenvolvimento do esporte no país e queremos cada vez mais pessoas bem preparadas para exercer suas funções. E a segunda é Ciência e Tecnologia do Esporte, muito importante para que os atletas e treinadores tenham subsídios para analisar melhor os próprios desempenhos e possam direcionar o planejamento competitivo e de treinamento de uma maneira mais assertiva”, completou Rogério.



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