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Com delegação de 60 atletas, Brasil chega forte para o Mundial de Desportos Aquáticos

Maratonas aquáticas e natação são as principais apostas de pódio do país na Coreia do Sul. Competição tem 4.500 inscritos de 190 países e será disputada em Gwangju, de 12 a 28 de julho

Por Comitê Olímpico do Brasil

10 de jul, 2019 às 15:10 | 6 min de leitura

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Entre os dias 12 e 28 de julho, a cidade de Gwangju, na Coreia do Sul, recebe a 18ª edição do Campeonato Mundial de Desportos Aquáticos. Para os cerca de 4.500 atletas e integrantes das comissões técnicas de mais de 190 países inscritos, o torneio é o principal termômetro para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 em modalidades como natação, maratonas aquáticas, saltos ornamentais, polo aquático e nado artístico.

Uma das principais apostas do time brasileiro, mais uma vez, é a baiana Ana Marcela Cunha, das maratonas aquáticas. Aos 27 anos, a nadadora é, depois de Cesar Cielo, a principal atleta do país na história da competição. Em número absolutos, Ana Marcela supera até mesmo o campeão olímpico, que tem no currículo seis ouros e uma prata em Mundiais.

Dona de nove medalhas – três de ouro, duas de prata e quatro de bronze –, Ana Marcela não esconde que desembarca na Coreia com foco em ampliar sua coleção. No último Mundial, em 2017, em Budapeste, a nadadora, treinada por Fernando Possenti, foi ouro na prova dos 25km e ficou com o bronze nos 10km, a prova olímpica, e nos 5km.

“Todo o planejamento desta temporada foi traçado com foco para o Mundial e está sendo executado 200%. Conseguimos alcançar tudo o que foi planejado, que era subir no pódio em todas as etapas do Circuito Mundial.  Conseguimos o ouro em Doha (Catar), Setúbal (Portugal) e Balatonfüred (Hungria) e a prata em Seychelles. Certamente, isso dá confiança e mostra que estamos no caminho certo”, detalha Ana Marcela, que elegeu a prova dos 10km como principal objetivo. “É preciso manter o foco para garantir uma das dez vagas na seletiva olímpica e é claro que nossa meta continua sendo o pódio. Sem dúvida, a prioridade é a prova dos 10km, que é a seletiva olímpica. As seguintes (5km e 25km, nessa ordem) serão encaradas no momento adequado, passo a passo”.

Melhor tempo do mundo
Quem também está animado é nadador Bruno Fratus, 30 anos e também beneficiado pela Bolsa Pódio. Depois de conquistar sua primeira medalha no Mundial em Kazan, na Rússia, em 2015, quando foi bronze nos 50m livre, ele chegou à prata na mesma prova no Mundial de 2017, em Budapeste, quando também foi prata no revezamento 4 x 100m livre, ao lado de Gabriel Santos, Marcelo Chierighini e Cesar Cielo.

O nadador detém o melhor tempo do ano nos 50m livre e competirá em Gwangju animado não apenas com o bom momento pessoal, mas com a força do time nacional. “A expectativa é a melhor. Essa geração que está compondo a Seleção é a melhor da história”, afirma. “Acho que a gente nunca teve um time tão sólido, com tantos talentos e com tanto potencial de resultados. Isso é muito bom e encorajador para todo mundo, inclusive para mim, que estou aí há mais de dez anos na Seleção”.

Outro fator que anima Fratus é que, antes de chegar a Gwangju, ele poderá experimentar as instalações do Brasil na cidade de japonesa de Sagamihara, uma das bases do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para os Jogos de Tóquio 2020. “A preparação e a aclimatação vão ser feitas em Sagamihara, que é a estrutura que vai nos dar suporte ano que vem, antes dos Jogos Olímpicos. Estou animado para testar essa base. O Comitê Olímpico tem feito um trabalho excepcional, com toda a logística e o cuidado de se certificar que a gente vai ter a melhor alimentação possível, de que a gente vai estar confortável e com uma estrutura top para treinar antes da competição. Com todo esse trabalho que vem sendo feito, não tem nem como a gente ter a melhor expectativa possível”.

“Estamos indo para brigar por vagas olímpicas e tentando sempre ir melhor do que no Mundial passado ou nos mundiais passados”, reforça o campeão mundial Ricardo Prado, diretor-executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Incentivos e 37 pódios
O Mundial de Desportos Aquáticos foi disputado pela primeira vez em 1973, na cidade de Belgrado, antiga Iugoslávia, hoje capital e maior cidade da Sérvia. A primeira medalha conquistada pelo Brasil na competição veio com Rômulo Arantes, em 1978, quando o nadador, falecido em um acidente de ultraleve em 2000, faturou o bronze nos 100m costas, em Berlim. Quatro anos depois, o país chegou ao primeiro ouro, com Ricardo Prado, nos 400m medley, em Guayaquil, em 1982.

Fonte: rededoesporte.gov.br

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