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Cumprindo a quarentena no Equador, Erica Sena troca os treinos nas ruas pela esteira

Marchadora relata as dificuldades impostas pela quarentena ao seu dia-a-dia de treinos

Por Comitê Olímpico do Brasil

11 de mai, 2020 às 13:49 | 2 min de leitura

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A marchadora Erica Sena não vive no Brasil, mas, assim como quase todo o mundo, tem cumprido as medidas restritivas severas impostas pela pandemia da COVID-19. Trancada em casa, em Cuenca (Equador), Erica tem treinado na esteira e sobrevivido da esperança de que tudo volte ao normal em breve.

“Estamos esperando as decisões do governo para o abrandamento da quarentena. Nenhuma novidade até agora. Estão sendo momentos difíceis dentro de casa. Adaptamos alguns treinos, mas é complicado treinar só em esteira” explica a atleta, medalhista de prata nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015 e bronze em Lima 2019, ambas na prova dos 20km.

Treinar em casa para atletas que precisam “rodar” mais de 20km por dia, como é o caso de Erica, costuma ser estressante. “Estou acostumada com a rotina ao ar livre, é difícil ficar na esteira por quase duas horas vendo a parede”, comenta a pernambucana, que completou 35 anos no último dia 3.

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Com índice para os Jogos de Tóquio, após obter a marca de 1h27m35s, em La Coruña (Espanha), no ano passado, Erica procura controlar a ansiedade: “ainda não temos nenhuma competição programada. Quero muito que tudo volte ao normal. Está bem complicado, mas estou tentando ser positiva."

Quarta colocada nos Mundiais de Atletismo Londres 2017 e Doha 2019, além de sétima nos Jogos Olímpicos Rio 2016, a marchadora é casada com o equatoriano Andrés Chocho, que também é seu treinador. Para ela, seus bons resultados começaram a surgir após a mudança de atitude nos treinamentos e nas competições. 

“Brinquei muito de ser atleta. Lembro que eu treinava um dia, faltava outro, não terminava o que tinha sido proposto e isso refletia nas provas. Depois disso, passei a me dedicar 100% e tudo melhorou”, finaliza a recordista brasileira dos 20km, com a marca de 1h26m59s, obtida em Londres 2017.

Fonte: CBAt

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