Ana Marcela Cunha conta com retrospecto positivo para estreia em Assunção 2022
Seleção brasileira de águas abertas realizou o treino oficial nesta segunda-feira, 10.

Carisma e simpatia por onde passa, a campeã olímpica Ana Marcela Cunha atende ao público com naturalidade e profissionalismo exemplar. Foi assim antes do treino oficial desta segunda-feira, 10, na Playa San José, em Encarnación, com pedidos de fotos e muitos autógrafos. Ao lado da seleção brasileira de águas abertas, a equipe se prepara para estreia nos Jogos Sul-americanos Assunção 2022.
Essa será a décima prova de Ana Marcela no ano. Com a conquista de nove medalhas até então, sendo sete ouros e dois bronzes, a nadadora conta com o retrospecto positivo para a competição desta terça-feira, 11.
“O Brasil carrega o favoritismo nesses Jogos, mas sabemos que outros países também estão em busca de vagas no Pan de Santiago, o que aumenta a importância da competição. Desde o início o Brasil lidera o quadro de medalhas, então viemos para contribuir e aumentar esse número”, disse Ana Marcela.
A cidade de Encarnación amanheceu debaixo de chuva e com os termômetros marcando 13º. Difícil para quem caiu na água no treino oficial, mas necessário para reconhecer o percurso e condições do local, segundo o técnico campeão olímpico de águas abertas, Fernando Possenti.
“O treino é importante para termos uma noção das condições ambientes e marcar os pontos de referência. Eles lá de dentro não têm uma visualização tão boa das boias, então fazemos essas marcações para auxiliar. Além disso, esse reconhecimento do circuito é importante para sentir um pouco da corrente, onde é contra e a favor, assim como a temperatura da água. Depois disso é que montamos toda a estratégia”, contou Fernando Possenti.
O mais novo atleta do grupo, Luiz Felipe Loureiro, de 18 anos, disputa pela primeira vez o sul-americano em uma seleção absoluta e conta com a experiência da Ana Marcela na estreia.
“Acho que dá para extrair tudo o que for possível dela, no sentido de observar e aprender ao máximo com atitudes dentro e fora da água, além do espírito de equipe. Com certeza o diferencial da Ana é a tranquilidade e a autoconfiança. Com ela o clima está sempre bom, porque ela não sente a pressão da competição e foca no que é para fazer”, afirmou Luiz Felipe.
“Essa vivência que o Luiz está tendo nessa competição já é importante. Acredito que temos que deixar o clima mais leve, porque o pessoal mais novo vem ainda sem saber o que vai encarar. Então eu e a Vivi, que temos um pouco mais de bagagem, tentamos deixar o clima mais descontraído para eles principalmente. No geral é não trazer o nervosismo, saber a importância da competição e deixar fluir. O mais difícil é treinar no dia a dia. Já na competição é curtir o momento e fazer o que a gente ama, lógico sempre com a seriedade de trazer o resultado”, concluiu a campeã olímpica.