Recordista Juliana Veloso e nova geração dos saltos ornamentais do Brasil se unem para voltar ao pódio em Lima 2019
Carioca de 38 anos participa pela sexta vez dos Jogos Pan-americanos

Nenhuma outra atleta brasileira tem mais Jogos Pan-americanos no currículo do que Juliana Veloso. Em Lima 2019, a carioca de 38 anos chega a sua sexta participação na competição. Liderados pela experiência de quem tem três medalhas na competição e com uma promissora nova geração de atletas, o Brasil inicia nesta quinta-feira, dia 31, sua campanha na competição continental com o objetivo de voltar ao pódio. No feminino, Ingrid e Giovana Pedroso foram prata em Toronto 2015 na plataforma de 10m sincronizada. No masculino, a última vez que um saltador brasileiro subiu ao pódio pan-americano foi em Guadalajara 2011 com Cesar Castro no trampolim de 3m.
Depois de estrear em Winnipeg, em 1999, Juliana viveu o auge em Santo Domingo 2003, quando faturou a prata no trampolim e o bronze na plataforma. No Rio 2007, competindo em casa, garantiu mais um bronze na plataforma. Nas duas últimas edições do Pan, competiu apenas no trampolim, que virou sua especialidade, somando dois sextos lugares. “É totalmente diferente dos outros. Estou encarando como uma oportunidade única de estar participando pela sexta vez do Pan com uma outra visão, me divertindo. Não tenho o que me cobrar. Vou fazer o melhor que posso e tentar passar para os mais jovens que o mais importante é aproveitar porque muita gente queria estar aqui e não está. Eles treinam bastante e estão preparados”, afirmou Juliana, que hoje vive na Flórida (EUA).
Além de Juliana, a equipe brasileira é composta por Andressa Mendes, Ingrid Oliveira e Luana Souza entre as mulheres, e Ian Matos, também com passagens por outros Pans, Kawan Pereira e Luis Felipe Moura. Completa a equipe masculina o carioca Isaac Souza, de 20 anos, uma das maiores promessas da modalidade.
“Atualmente, na minha visão, estamos começando a incomodar os concorrentes das Américas. Os saltos ornamentais do Brasil vêm crescendo muito no masculino, principalmente na plataforma. Estou muito esperançoso em conseguir um pódio aqui em Lima. Venho sem pressão porque são meus primeiros Jogos Pan-americanos, mas depois do meu resultado no Mundial fiquei mais feliz ainda para competir aqui”, afirmou Isaac, que ao lado de Kawan, de 17 anos, formou a primeira dupla do país na história a avançar à final na plataforma sincronizada no Mundial de Esporte Aquáticos, na Coreia. Eles terminaram a disputa por medalhas na 12ª posição.
As competições de saltos ornamentais dos Jogos Pan-americanos de Lima acontecem entre 1º e 5 de agosto no Centro Aquático de Videna.