Programa de Mentoria do COB oferece suporte para estruturação de projetos das confederações
Ação tem como objetivo auxiliar as entidades em iniciativas de desenvolvimento esportivo

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) vem oferecendo apoio constante às Confederações Brasileiras Olímpicas para elaboração de planos e ações em prol da evolução do esporte nacional. Uma destas iniciativas é o Programa de Mentoria, liderado pela área de Desenvolvimento Esportivo do COB, que tem como objetivo principal auxiliar as entidades na estruturação de iniciativas formativas para treinadores e treinadoras e de documentos norteadores da formação esportiva em longo prazo. Nesta última semana foi realizada, no Centro de Treinamento do COB, no Rio de Janeiro, a apresentação dos projetos das modalidades que participaram do Programa em 2022.
“Esta iniciativa inovadora é parte do plano de implementação do Modelo de Desenvolvimento Esportivo do COB, visando disseminar os conceitos abordados auxiliando as confederações no processo de desenvolvimento de atletas, treinadores e treinadoras. O grande desafio que temos é contribuir efetivamente com a melhoria da prática esportiva no intuito de termos atletas mais bem desenvolvidos, futuramente. A partir do encerramento do Programa de 2022, iniciamos o planejamento da continuidade para o ano que vem e incentivamos que as demais confederações façam parte deste movimento”, comentou Kenji Saito, diretor de Desenvolvimento e Ciências do Esporte do COB.
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Dois grupos de modalidades foram incluídos neste primeiro ano. O primeiro contou com handebol, judô, remo, tênis de mesa e vôlei. O grupo de trabalho foi orientado a realizar uma análise de seu contexto nacional a fim de identificar necessidades especificas relacionadas ao desenvolvimento de treinadores e treinadoras.
"A CBV identificou a necessidade de criação de programas não só de inclusão, mas também de capacitação das mulheres treinadoras. É uma ação que vai ao encontro aos nossos pilares de gestão e nossa Política de Equidade de Gênero e Valorização da Diversidade. Ter mais mulheres como treinadoras fortalece o voleibol em todos os cenários. Na praia, temos exemplos de sucesso como Letícia Pessoa e a Cida Lisboa. Na quadra, a CBV implementou em 2022 o Programa de Treinadoras de Voleibol de Quadra, e pela primeira vez na história, mulheres integraram comissões técnicas das seleções brasileiras como treinadoras: Karina de Souza como auxiliar da seleção feminina sub-20, e Mirtes Benko, da sub-18 feminina. Com o importante apoio do Programa de Mentoria do COB, a CBV quer incentivar a inclusão de um maior número de treinadoras no alto rendimento, identificando, capacitando e dando oportunidades para essas profissionais. O objetivo é orientar 54 treinadoras, duas de cada Federação, uma do vôlei de quadra e outra do vôlei de praia”, explica Camila Carvalho, gerente de Projetos Especiais da CBV.
Já o segundo grupo foi composto pelo atletismo, badminton, handebol, rugby e Wrestling, e destinou-se à elaboração de documentos norteadores da formação de atletas em longo prazo utilizando, de forma aplicada a cada modalidade, as sete fases de desenvolvimento descritas no Modelo de Desenvolvimento Esportivo do COB.
“O programa de mentoria foi de fundamental importância para o processo de elaboração deste documento. Os mentores não apenas trouxeram a sua experiência em produção cientifica acadêmica que nos auxiliou desde uma orientação para formação da equipe de trabalho e para o mapeamento de conhecimento e formatação do documento, mas também foram cruciais para compilar as reflexões dos encontros da comunidade do rugby que resultaram na produção de grande parte da informação contida no documento", afirmou João Nogueira, superintendente técnico da Confederação Brasileira de Rugby.
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Além das apresentações dos projetos das confederações, foram realizadas dinâmicas de avaliação das atividades dos últimos quatro meses, assim como discussões relacionadas aos desafios da continuidade e implementação das ações planejadas.
A partir da análise dos desafios enfrentados e dos fatores positivos na experiência de 2022, ajustes serão realizados visando a continuidade do Programa de Mentoria das Confederações em 2023, quando outras modalidades poderão usufruir do suporte do Comitê Olímpico na estruturação de ações voltadas ao desenvolvimento esportivo.
O Programa de Mentoria utiliza-se dos conceitos retratados no Modelo de Desenvolvimento Esportivo do COB.
Confira alguns projetos apresentados pelas confederações, a partir do Programa de Mentoria:
• Handebol: estruturou programa de certificação de treinadores, dividido em quatro níveis: Iniciação Esportiva voltado ao mini-handebol e mirim; Formação esportiva voltada ao infantil e cadete; Desempenho Esportivo voltado juvenil, júnior e adulto; Alto desempenho cuja estruturação é individualizada e voltada aos master coach da modalidade.
• Judô: estruturou um programa de certificação em três diferentes níveis, sendo o Nível 1 - Nacional, combinando aulas teóricas e estágios de treinamento; Nível 2 - Internacional, no qual haverá aprofundamento nos temas relacionados ao desempenho na modalidade e estágios nacionais e internacionais; e o Nível 3 que será customizado mediante a necessidade dos treinadores das seleções, sendo sua abordagem baseada em estágios nacionais e internacionais.
• Remo: desenvolveu o seu programa de certificação, no qual serão contemplados módulos voltados ao processo de formação esportiva e de alto rendimento, e serão desenvolvidos em formato híbrido, tendo como objetivo padronizar o conhecimento técnico em território nacional.
• Tênis de Mesa: complementando outras ações formativas, a CBTM elaborou o programa de mentoria de treinadores e treinadoras visando potencializar a formação de treinadoras/es de elite, prover suporte à transição de ex-atletas para se tornarem treinadores e desenvolver futuros formadores de treinadores com o compromisso de estimular a equidade de gênero.
• Voleibol (Quadra e Praia): desenvolveu uma ação formativa em seis módulos, voltada à capacitação, inserção e manutenção de treinadoras mulheres no alto rendimento. As ações complementam as certificações já desenvolvidas pela entidade.