Bárbara Seixas e Carol Solberg superam paraguaias e torcida e são ouro no vôlei de praia
Brasileiras fecham campanha invicta, sem perder sets, com primeiro título juntas representando o Time Brasil

A torcida da casa bem que tentou, gritou em incentivo do início ao fim. Mas a superioridade técnica de Bárbara Seixas e Carol Solberg, demonstrada ao longo de toda a competição, seguiu evidente na final contra as paraguaias Giuliana Poletti e Laura Ovelar. Por 2 sets a 0, em um duplo 21/14, as brasileiras coroaram a campanha invicta no vôlei de praia feminino com ouro nos Jogos Sul-americanos Assunção 2022.
"A gente chegou aqui com muita vontade de ganhar essa medalha, dando valor a cada ponto, a cada jogo. Deu tudo certo. Acho que a gente conseguiu construir um caminho legal e deu tudo certo. Foi muito especial jogar contra o Paraguai em casa, com a arquibancada lotada. Apesar da torcida ser contra, é a energia da arena, e também tinha brasileiro fazendo barulho", disse Carol.
"É sempre importante a gente estar representando o Brasil. Normalmente representamos nas competições internacionais, mas quando é uma missão do Time Brasil é sempre um pouco diferente. Você conta com uma energia extra, de um grupo muito grande, com uma troca muito positiva. Eu já tinha jogado outros Jogos Sul-americanos, mas não tinha conquistado o ouro. A Carol está com 100% de aproveitamento. Então ficamos muito felizes com o trabalho que estamos fazendo e com a nossa consistência", disse Bárbara.
"É o maior orgulho estar representando o Brasil, e tudo o que eu quero é conseguir essa vaga. Bati na trave já várias vezes, porque essa vaga no Brasil é muito difícil, muito disputada mesmo entre grandes times. Para conseguir a vaga é preciso estar entre os cinco melhores do mundo. O objetivo é esse, mas estamos tentando tornar também esse caminho leve. Confiamos muito uns nos outros. Estamos conseguindo sofrer juntos, curtir juntos. Tem muita gente por trás do nosso trabalho, e dentro de quadra temos muita parceria, verdade, olho no olho. Isso faz toda a diferença"
Arthur e Adrielson são bronze no masculino
Na disputa pelo bronze masculino, Arthur e Adrielson cresceram nos momentos certos diante dos chilenos Aravena e Droguett. Passaram a primeira metade do primeiro set atrás no placar, mas encaixaram três contra-ataques seguidos para assumir a ponta e fechar em 21/18. Na segunda parcial, confiantes, os brasileiros deslancharam e garantiram a medalha com 21/13.
“Tivemos menos de 12h para jogar. Tivemos que ter uma resiliência muito grande e virar a chave muito rápido. A gente vem de quatro semifinais seguidas no Circuito Brasileiro, que é o mais forte do mundo. A gente de uma queda fisicamente, mas conseguiu aguentar. Agora vamos para mais uma etapa do Brasileiro, quarta já jogamos de novo. E Temos que mostrar essa resiliência de novo”, disse Arthur.