Chayenne Pereira garante índice olímpico para Tóquio e Brasil chega a 276 vagas conquistadas
Atleta carioca, de 21 anos, quebrou novamente o recorde brasileiro dos 400 m com barreiras nesta sexta-feira, com 55.15, superando a marca estabelecida pela World Athletics

Nesta sexta-feira, 25, o Brasil chegou a 276 vagas
conquistadas para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Isso porque a carioca
Chayenne Pereira da Silva, de 21 anos, fez o índice olímpico ao correr e vencer
os 400m com barreiras em 55.15 no Campeonato Paulista Adulto de Atletismo, disputado
no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo. O índice
estabelecido pelo World Athletics para a prova é 55.40.
A marca de Chayenne (EMFCA) é recorde sul-americano e brasileiro sub-23 e novo
recorde brasileiro adulto - melhorou sua própria marca de 55.70, feita na
última quarta-feira (23/6), em Bragança Paulista, no II Meeting Internacional
Rumo a Tóquio. Chayenne fez a segunda melhor marca da história do atletismo
sul-americano (atrás da recordista continental Gianna Ursula Woodruff, do
Panamá, que tem 54.70) e a 16ª do Ranking da World Athletics. Liliane Parrela
(Associação Comunidade Atletismo) ficou em segundo com 56.62, seguida por
Rita de Cássia Pereira Silva (ASPM Pindamonhangaba), com 57.48.
"Eu tinha a esperança de me qualificar por pontos para os Jogos
Olímpicos, e ela aumentou após os últimos resultados. Mas as marcas já estavam
saindo nos treinos", disse Chayenne, que treina na pista da Vila Olímpica
de Santa Cruz e na pista da Marinha, no Rio, e está sendo preparada pela
treinadora Marsele Mazzoleni para os Jogos de Paris em 2024. Começou correndo
revezamentos, mas passou para as barreiras, em 2015.
"Ela tem 21 anos, saiu da categoria sub-20, e ainda vai melhorar muito.
Não posso apressar o desenvolvimento, mas ela pode correr essa prova para 54,
para 53 segundos, e ir aos Jogos de Tóquio será uma experiência incrível",
afirma Marsele.
Chayenne foi campeã brasileira sub-16, sub-18 e sub-20 e adulta em 2019 nos 400m
com barreiras. Nesta temporada precisou correr muitas vezes para evoluir, teve
uma contratura na perna e sentiu o cansaço no Sul-Americano de Guayaquil,
Equador, em que foi 3ª, e depois foi quinta no Troféu Brasil Loterias Caixa, em
São Paulo.
Outro bom resultado no Campeonato Paulista de Atletismo nesta sexta foi de
Flávia Maria de Lima (FECAM/ASSERCAM), nos 800m, com 2.01.87, a melhor marca na
prova desde 2015, quando ela ganhou a medalha de bronze no Pan-Americano de
Toronto. Jaqueline Beatriz Weber (Associação Recreativa Medalha de Ouro) ficou
com a prata, em 2.02.69, recorde pessoal, e Uhuru Rocha com o bronze, em
2.06.85.