Hipismo salto larga em 1º na disputa por equipes e vem com dobradinha na liderança individual no Pan 2023
Além de brigar pelo hepta por equipes, Time Brasil defende o título consecutivo por equipes e individual

Começou nessa terça, dia 31, em Quillota, a disputa do hipismo saltos dos Jogos Pan-americano Santiago 2023. E o Time Brasil largou com força total na primeira colocação à frente de oito equipes, em busca do heptacampeonato. No individual, Marlon Zanotelli terminou o dia na liderança.
Pela ordem, Pedro Veniss montando Nimrod de Muze Z fez um percurso perfeito sem faltas em 73s40, resultado que ao final lhe garantiria o segundo posto entre os 46 conjuntos A seguir Stephan Barcha com Chevaux Primavera Império Egípcio fez uma falta no penúltimo obstáculo. O terceiro conjunto brasileiro foi o campeão pan-americano individual Marlon Zanotelli com Deese de Coquerie que uma pista perfeita e arrojada, em 72s87, resultado que permaneceu imbatível até o final, ou seja, liderança com zero ponto perdido. Finalmente, Rodrigo Pessoa com Major Tom fechou a rodada do Brasil com uma falta na paralela nº 8 em 81s98 e 4,55 pontos perdidos no campeonato. Vale lembrar que uma falta equivale a quatro pontos perdidos.
Resultado que garantiu ao Brasil a primeira colocação por equipes com 4,32 pp, seguido pela Colombia, 7,29 pp, e Canadá, 9,62 pp. As equipes campeã, vice e 3ª colocada garantem vaga em Paris 2024, mas o Brasil já está qualificado após brilhante atuação na Longines FEI Jumping Nations Cup™ Final 2023 em Barcelona, Espanha, há um mês.
"O maior desafio em um Pan-americano é desenhar percursos justos com desafios para todos os conjuntos cavaleiros e cavalos que sejam interessantes para todos", destacou a brasileira Marina Azevedo, primeira mulher a armar os percursos de salto na história do Pan-americano.
Todos os cavaleiros foram unânimes ao declarar que ainda há muito jogo pela frente, agora primeiramente com os dois percursos da final por equipes. Para o lider Marlon, "com certeza, nossa equipe vem saltando muito bem, também no treino, o que traz confiança para os cavaleiros. Minha égua Deese naturalmente é muito rápida, já a conheço nas provas de velocidade, então eu já sabia onde podia arriscar um pouco. Então eu fiquei bem feliz com a atuação dela hoje. Agora o mais importante é manter a concentração, tem muita coisa para rolar ainda."
Histórico brasileiro na competição
Brasil foi ouro por equipes seis vezes: Winnipeg 1967, Havana 1991, Mar del Plata, 1998, Rio de Janeiro 2007, Lima 2019. No individual foi ouro por equipes com Marlon Zanotelli, em Lima 2019, e também detém duas pratas individuais com Nelson Pessoa Filho em Winnipeg 1967 e seu filho, o campeão olímpico Rodrigo Pessoa, na Rio 2007, além de bronze individual com Vitor Teixeira em Havana 1991 e Winnipeg 1999, Bernardo Alves, em Guadalaraja 2011. Ao todo o Brasil detém 15 medalhas incuindo prata por equipes em Chicago 1959, Guadalajara 2011, bronze por equipes em Santo Domingo 2003. Os EUA venceram os Jogos Pan-americanos sete vezes, além de ter conquistado seis ouros individuais.
Regras do jogo
Na quarta-feira, 1/11, os dois percursos idênticos da Copa das Nações somado ao resultado do 1º dia definen a final por equipes. Após um dia de descanso, a final individual, sob dois percursos distintos, na sexta-feira, 3/11, contará com os 30 melhores conjuntos (máximo de três por país) no 1º percurso e os 20 melhores retornam o 2º na corrida pela medalha individual.
1º Brasil - 4,32 pp
2º Colômbia - 7,29 pp
3º Canadá - 9,62 pp
4º Argentina - 12,91 pp
5º EUA - 12,37 pp
6º México - 14,48 pp
7º Chile - 16,75 pp
8º Uruguay - 35,57 pp
9º Equador - 44,83 pp
Parcial individual (prova de caça - 1 falta equivale a 4 segundos)
1º Marlon Zanotelli / Deese Coquerie - 72s87 - 0 pp
2º Pedro Veniss / Nimrod de Muze Z - 73s40 - 0,26 pp
14º Stephan Barcha / Chevaux Primavera Império Egípcio - 81s55 (1 falta) - 4,02 pp
18º Rodrigo Pessoa / Major Tom - 81s98 (1 falta) - 4,55 pp