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Anos 10
Fé no potencial brasileiro (1913)
Raul Paranhos do Rio Branco, filho do barão do Rio Branco e embaixador do Brasil em Berna, na Suíça, recebeu convite do barão Pierre de Coubertin para integrar o Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1913. Mais do que uma gentileza, o gesto significava uma declaração de fé no potencial esportivo da nação brasileira e dava início à história do país no Movimento Olímpico Internacional. O convite fez do embaixador o primeiro delegado do COI para o Brasil e provocou, nesse mesmo ano, uma campanha pública pela formação de um Comitê Olímpico do Brasil.A fundação (1914 - 1915)
Em 30 de abril de 1914, Raul do Rio Branco enviou uma carta circular a inúmeros dirigentes esportivos brasileiros em que relatava formalmente o ocorrido. Como resultado, em 8 de junho do mesmo ano, os dirigentes de destaque do Rio de Janeiro se reuniram na sede da Federação Brasileira das Sociedades de Remo e, em assembleia, criaram o Comitê Olímpico do Brasil, chamado, à época, de Comitê Olímpico Nacional (CON).Na mesma ocasião, nasceu a Federação Brasileira de Sports (FBS), que dois anos depois passou a se chamar Confederação Brasileira de Desportos (CBD).Naquela época, o COI não exigia a criação de um Comitê Nacional para que os atletas fossem autorizados a participar dos Jogos Olímpicos. De fato, poucos países tinham esse tipo de representação, e o Brasil foi um dos primeiros das Américas a fundar a sua.A CBD e o CON tinham funções complementares: centralizar e coordenar os esportes em âmbito nacional e representar o Brasil em competições internacionais. A iniciativa da criação dessas entidades acelerou o movimento de organização do esporte no país. -
Anos 20
Primeira participação olímpica (1920)
Em janeiro de 1920, atendendo ao convite do Comitê Olímpico Internacional (COI), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) começou a organizar a ida da delegação brasileira aos Jogos Olímpicos Antuérpia 1920, em julho.
O desafio maior era angariar recursos financeiros, o que acabou sendo feito com parceria da Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
O senador Fernando Mendes de Almeida, presidente do Comitê desde a sua fundação, solicitou à confederação, comandada pelo major Ariovisto de Almeida Rego, a indicação de atletas que atuavam em Ligas e Clubes filiados para formar a delegação.
A missão teve 24 integrantes, sendo 21 atletas de natação, polo aquático, saltos ornamentais, remo e tiro. Os atiradores voltaram com três medalhas: um ouro, uma prata e um bronze. Guilherme Paraense se tornou o primeiro campeão olímpico do país.
Em 1922, o COI aprovou a realização dos Jogos Latino-americanos no Rio de Janeiro, competição que fez parte das comemorações do centenário da Independência do Brasil. No ano seguinte, outros dois representantes do país, Arnaldo Guinle e José Ferreira Santos, foram eleitos delegados da organização criada pelo barão de Coubertin.
Apoio inesperado (1924)
Em 1924, a função de organizar a participação brasileira nos Jogos, que aconteceriam em Paris, ficou a cargo da CBD. As Federações das modalidades indicariam seus atletas. A CBD deveria fazer a seleção final, inscrever as equipes nos Jogos e buscar recursos –o governo federal havia prometido ajuda.
A verba para enviar a delegação à França, no entanto, surgiu de uma iniciativa do presidente da Federação Paulista de Atletismo, Antônio Prado Júnior.
O dirigente não aceitou a justificativa de cortes na equipe de atletismo feita pela Confederação. Ao lado de José Ferreira Santos e Arnaldo Guinle, ele saiu em busca de verba para assegurar todos os atletas na delegação.
A um mês do encerramento do prazo de inscrições, eles lideraram uma campanha pública para arrecadar fundos anunciada no jornal O Estado de S. Paulo, que começou com uma doação da própria empresa jornalística.
Às vésperas do embarque, os recursos prometidos pelo governo foram cancelados, mas a bem sucedida campanha garantiu 12 atletas brasileiros em Paris: três remadores, um atirador e oito homens para as provas de atletismo.
Sem Jogos Olímpicos (1928)
O Brasil não enviou equipe aos Jogos Olímpicos Amsterdã 1928 por falta de recursos. Em 20 de março daquele ano, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) enviou nota à imprensa confirmando a desistência.
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Anos 30
Pioneirismo na piscina (1932)
Uma delegação formada por 82 atletas (81 homens e uma mulher) foi enviada aos Jogos Los Angeles 1932, mas apenas os 67 que tinham chance de medalha desembarcaram.Uma exceção foi aberta à nadadora Maria Lenk. Aos 17 anos, ela se tornou a primeira sul-americana a participar de uma competição olímpica.Sob responsabilidade da CBD, a missão viajou durante um mês a bordo do navio Itaquicê, disfarçado de barco de guerra para não pagar pedágio no Canal do Panamá e com os porões cheios de sacas de café que deveriam ser vendidas pelos próprios atletas para cobrir os gastos.Avanços de organização (1935 - 1937)
Em maio de 1935, por iniciativa dos ministros Raul Paranhos do Rio Branco, Arnaldo Guinle e José Ferreira Santos, o COB se reorganizou. Eles eram os membros brasileiros no COI, que, por sua vez, manifestou apoio ao país através do conde Henri de Baillet-Latour, então presidente da organização. Para enviar a delegação nacional aos Jogos Olímpicos Berlim 1936, no entanto, houve impasse entre o Comitê e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD). No final, as entidades chegaram a um acordo e 94 atletas foram inscritos e competiram pelo COB em 10 modalidades.A delegação não obteve medalhas, mas conseguiu feitos expressivos. Piedade Coutinho assegurou o melhor resultado da natação feminina até então: quinto lugar nos 400m livre, que só seria igualado por Joanna Maranhão 68 anos depois, em Atenas 2004.Sylvio de Magalhães Padilha, que presidiria o COB por mais de duas décadas, ficou em quinto lugar nos 400 metros com barreiras.Em 1937, foi criada a divisão de Educação Física ligada ao Ministério da Educação e Saúde. -
Anos 40
Nova realidade após a guerra (1940 - 1948)
Após o cancelamento das edições de 1940 e 1944 devido à Segunda Guerra Mundial , os Jogos Olímpicos finalmente voltaram a ser realizados, desta vez em Londres, em 1948.
A partir dos anos 1940, as relações do COB com o Movimento Olímpico Internacional se tornaram mais organizadas. Em 1941, o apoio oficial do governo ao esporte se concretizou na criação do Conselho Nacional de Desportos (CND).
Para Londres 1948, o COB enviou uma delegação com 120 pessoas, das quais 81 eram atletas. A missão foi chefiada por Edgard do Amaral. Pela primeira vez os brasileiros viajaram de avião e contaram com nutricionista, cozinheiro, veterinário e cinco cavalariços.
Na Inglaterra, o Brasil conquistou a primeira medalha em esportes coletivos: o bronze no basquete masculino.
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Anos 50
Adhemar brilha (1950 - 1952)
Em 1950, José Ferreira Santos substituiu Arnaldo Guinle na presidência do COB. No mesmo ano, já se iniciava a preparação para os primeiros Jogos Pan-americanos Buenos Aires 1951.Esse movimento significava a ampliação do espaço da América Latina no esporte amador internacional e o aumento das possibilidades de ação do COB.Nessa época, de forma embrionária, o COB começou a fazer o Boletim Mensal, publicação com notícias referentes ao olimpismo que era distribuída de forma gratuita a entidades esportivas, imprensa e outros interessados.Nos Jogos Olímpicos Helsinque 1952, a missão com 108 atletas foi comandada pelo major Sylvio de Magalhães Padilha. Os brasileiros voltaram ao topo do pódio com Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo, com direito a recorde mundial. ??A delegação ganhou, ainda, bronzes na natação e no atletismo.Leia mais sobre o Brasil nos Jogos Olímpicos Helsinque 1952.
Bi de Adhemar em meio a dificuldades (1953 - 1956)Na preparação para os Jogos Melbourne 1956, o COB voltou a enfrentar dificuldades com a liberação de verbas pelo governo federal.Como forma de solucionar o problema, iniciou-se a discussão sobre a criação de um Concurso de Prognósticos Esportivos (loteria esportiva), que teria parte da renda direcionada para o esporte Olímpico.Em 1955, os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) foram a solução encontrada para transportar a delegação para os Jogos Pan-americanos do México.No ano seguinte, apesar de todos os esforços, o país levou somente 48 atletas para a Austrália, sua menor delegação desde os Jogos Olímpicos Paris 1924. Na competição, Adhemar Ferreira da Silva fez história ao vencer novamente no salto triplo e se tornar o primeiro brasileiro a ganhar duas medalhas de ouro consecutivas na mesma prova.Leia mais sobre o Brasil nos Jogos Olímpicos Melbourne 1956.Credibilidade (1957 - 1960)
Em 1957, a cidade norte-americana de Cleveland estava a ponto de desistir de sediar os Jogos Pan-americanos. O Brasil apresentou, então, sua candidatura à Organização Desportiva Pan-americana (ODEPA). A iniciativa refletia o momento de grande visibilidade vivido pelo país.Em 1960, o então presidente do CND e conselheiro do COB, Geraldo Starling, indicou o Comitê para se tornar a entidade organizadora do evento, evidenciando sua credibilidade junto aos governos.No mesmo ano, nos Jogos Olímpicos Roma 1960, o Brasil competiu com 81 atletas e ganhou duas medalhas de bronze (basquete masculino e natação). -
Anos 60
Jogos Pan-americanos em São Paulo (1960 - 1963)
Logo após os Jogos Olímpicos Roma 1960, a discussão sobre o Concurso de Prognósticos voltou à tona e um plano de aplicação das verbas foi elaborado. Metade dos recursos oriundos da loteria seria para um auxílio permanente, e a outra metade, para o desenvolvimento dos esportes.Em 1963, a cidade de São Paulo recebeu os Jogos Pan-americanos, organizados pelo COB com apoio dos governos municipal e estadual.O sucesso foi grande e fortaleceu os laços da entidade brasileira com o COI e com as Federações Internacionais, inaugurando uma nova etapa de estruturação.Nessa época, o COB adquiriu sua primeira sede própria: duas salas no edifício Avenida Central, no Rio de Janeiro.Em 1963, o major Sylvio de Magalhães Padilha se tornou presidente do COB, cargo que ocupou até 1990. No mesmo ano, João Havelange foi eleito delegado do COI.Intercâmbios (1964)
Depois dos Jogos Pan-americanos São Paulo 1963, as atenções se concentraram na preparação para os Jogos Olímpicos Tóquio 1964.Na mesma época, uma nova prática foi adotada: o intercâmbio de técnicos. Estrangeiros chegavam ao país para treinar equipes ou ministrar cursos, e os brasileiros faziam o mesmo no exterior. O Brasil também firmou convênios com potências esportivas da época, como Alemanha, Estados Unidos e Japão.Em 1964, o Brasil teve 69 atletas em ação, que voltaram com uma medalha: o bronze da equipe masculina de basquete. Aída dos Santos, aos 19 anos, foi a única mulher de toda a delegação.No mesmo ano, Sylvio de Magalhães Padilha foi eleito delegado do COI.
Organização e medalhas nas alturas (1966 - 1968)Nesse período, o COB se empenhou em organizar e integrar ainda mais o esporte nacional. Uma de suas ações era a coordenação dos calendários de competições e programas de treinamento das Confederações visando os Jogos Olímpicos e Pan-americanos.No Pan Winnipeg 1967, o Brasil ficou em terceiro lugar no quadro geral de medalhas.Para os Jogos Olímpicos Cidade do México 1968, a equipe brasileira chegou com 84 atletas em 13 modalidades.A 2.240 metros do nível do mar, os brasileiros conquistaram três pódios: uma prata (atletismo) e dois bronzes (boxe e vela).O ex-atleta Sylvio de Magalhães Padilha viajou ao México como presidente do COB e chefe da delegação depois de quatro edições de Jogos Olímpicos consecutivas como chefe de missão.Após a competição, a possibilidade de se criar um concurso esportivo que garantisse renda permanente ao esporte voltou a ser discutida. -
Anos 70
Estrutura gera resultados (1970 - 1972)
Os anos 1970 foram uma fase de grandes conquistas para o esporte nacional.A preparação para os Jogos Pan-americanos Cali 1971 começou dois anos antes. O Brasil viajou à Colômbia com sua maior equipe até então: 158 atletas em 15 modalidades.Nessa época, O COB já trabalhava com um planejamento quadrienal e havia criado o Troféu Comitê Olímpico do Brasil como forma de estimular a prática de esportes em todas as regiões do país, além de descobrir novos talentos.O Brasil levou 89 atletas aos Jogos Olímpicos Munique 1972 e conquistou dois bronzes (atletismo e judô).Aquela edição do evento ficou marcada pela ação terrorista do grupo palestino Setembro Negro, que matou 11 integrantes da delegação de Israel. Em um exemplo de amor à paz e superação das diferenças, a competição teve sequência em harmonia.Experiência e preparação (1973 - 1976)Nessa década, o Brasil passou a receber diversos Campeonatos Mundiais, proporcionando experiência às Confederações na organização de eventos internacionais.O país investiu também na formação de árbitros de nível internacional e na participação no programa Solidariedade Olímpica, do COI, que oferece até hoje cursos e seminários para atletas e técnicos de nações integrantes do Movimento Olímpico.Para formar a delegação para os Jogos Olímpicos Montreal 1976, o COB levou em conta os resultados dos Jogos Pan-americanos Cidade do México 1975 –outros atletas também tiveram chance de buscar o índice após o evento.O Brasil viajou ao Canadá com 93 atletas e conquistou dois bronzes (vela e atletismo).
Preparação antecipada (1977 - 1980)No final da década de 1970, o COB procurava fazer ajustes à legislação que previa o destino de parte da verba da Loteria Esportiva fosse destinada ao esporte.Pelo acordo da época, o dinheiro dos anos de disputa de Jogos Olímpicos e Pan-americanos seria repassado ao Comitê para a organização e treinamento da delegação.A verba, no entanto, geralmente chegava em uma data muito próxima à da competição, atrapalhando o planejamento. Por isso, o COB tentava conseguir que o montante fosse repassado no ano anterior aos eventos esportivos.Foi exatamente o que ocorreu durante a preparação para os Jogos Olímpicos Moscou 1980. Assim, diversas modalidades puderam participar de competições internacionais de alto nível em busca de aperfeiçoamento.Na União Soviética, os Jogos aconteceram em meio ao boicote dos Estados Unidos e de outros países.Comandada por André Gustavo Richer, a delegação brasileira chegou a Moscou com 109 atletas e ganhou duas medalhas de ouro (vela) e duas de bronze (atletismo e natação). -
Anos 80
Troca de conhecimento (1981 - 1984)
Nos anos 1980, intensificou-se a realização de cursos e seminários com técnicos estrangeiros no Brasil, realizados pelo programa Solidariedade Olímpica, do COI, ou pelo COB e pelo Conselho Nacional de Desportos (CND).O Estatuto do COB passou por uma reforma para se adequar às regras do COI e representantes de todas as Confederações esportivas passaram a integrar o Conselho do Comitê, aumentando seu tamanho e sua representatividade.A distribuição de verbas para o esporte também cresceu. Em 1982, foi assinado um decreto-lei que concedia dinheiro da loteria para o COB mesmo em anos em que não houvesse Jogos. No mesmo ano foi criado o Dia Olímpico, em 23 de junho.O Brasil foi aos Jogos Olímpicos Los Angeles 1984 com 151 atletas e conquistou oito medalhas: um ouro (atletismo), cinco pratas (natação, vela, judô, futebol masculino e vôlei masculino) e dois bronzes (judô).Crescimento institucional (1985 - 1988)
No final dos anos 1980, o COB já contava com 19 Confederações afiliadas e 12 vinculadas (de esportes não-Olímpicos) que representavam mais de 400 federações em todos os estados.Em 1987, a Carta Olímpica estava sendo revisada e havia uma discussão sobre amadorismo, principalmente no futebol. Alguns países em que não havia profissionalismo competiam com suas seleções principais, desequilibrando a disputa. Foi iniciado, então, o estudo da limitação de idade para jogadores de futebol nos Jogos Olímpicos.Para Seul 1988, a delegação brasileira viajou com 170 atletas e voltou com um ouro (judô), duas pratas (atletismo e futebol masculino) e três bronzes (dois na vela e um no atletismo). -
Anos 90
Patrocínios mais presentes (1990 - 1994)
Em 1990, André Gustavo Richer assumiu a presidência do COB, com Carlos Arthur Nuzman como vice.Nessa época, com a entrada de novos grupos investidores no mercado, os patrocínios para atletas e entidades esportivas se tornaram mais viáveis, e o COB passou a intensificar seu trabalho para atrair novas marcas para o Olimpismo brasileiro.Nos Jogos Olímpicos Barcelona 1992, a delegação contou com 197 atletas e voltou com três medalhas (ouros no judô e no vôlei masculino, o primeiro em esportes coletivos) e uma prata (natação).Novos rumos (1995 - 1997)
Em 1995, Carlos Arthur Nuzman foi nomeado presidente do COB, com André Gustavo Richer na vice-presidência.No mesmo ano, o Comitê organizou o primeiro Festival Olímpico, que visava dar apoio às etapas de treinamento para os Jogos Olímpicos Atlanta 1996. Nas duas versões do evento –uma no Rio e outra em São Paulo–, quase dois mil atletas de 24 países competiram em 14 modalidades.Em Atlanta 1996, o Brasil conquistou 15 medalhas, sendo três de ouro (duas na vela e uma o vôlei de praia), três de prata (natação, vôlei de praia e basquete feminino) e nove de bronze (duas no judô, duas na natação, e uma na vela, no hipismo, no futebol masculino, no vôlei feminino e no atletismo). Entre elas, estava o primeiro ouro das mulheres, no vôlei de praia.A delegação contou com 225 atletas para competir em nove modalidades.Brasil na rota mundial (1998 - 2000)
Em 1998, o COB realizou a IV Feira Olímpica Mundial, que motivou a criação de uma área específica para divulgar a cultura esportiva do país: a Memória Olímpica.No ano seguinte aconteceu pela primeira vez o Prêmio Brasil Olímpico, que reconhece o desempenho e a importância dos atletas de hoje e do passado.Nos Jogos Pan-americanos Winninpeg 1999, a delegação nacional conquistou o 4º lugar geral e o recorde de 101 medalhas (25 de ouro, 32 de prata e 44 de bronze).Ainda em 1999, a III Conferência Mundial do Esporte e Meio Ambiente foi realizada no Rio de Janeiro. Sediado pela primeira vez em um país da América do Sul, o evento foi promovido pelo COI e teve o propósito de discutir as diretrizes para a implantação da Agenda 21 do Movimento Olímpico.No ano seguinte, a capital fluminense também sediou a ACNO 2000 (Assembleia Geral dos Comitês Nacionais Olímpicos), o maior evento Olímpico depois dos Jogos.Em Sydney 2000, a delegação brasileira competiu com 205 atletas e conquistou seis pratas (duas no judô, duas no vôlei de praia, uma na vela e uma no atletismo) e seis bronzes (natação, hipismo, vela, vôlei de praia, vôlei feminino e basquete feminino). -
Anos 2000
Divisor de águas (2001 - 2004)
Nesse período, o COB conciliou funções tradicionais, como a preparação da delegação para competições internacionais, com a promoção de eventos e a elaboração de projetos esportivos.A partir de 2001, o esporte Olímpico brasileiro também passou a contar com a lei que destina 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais do país ao COB (85%) e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (15%).Em 2002, o Brasil enfrentou o desafio inesperado de organizar os VII Jogos Sul-americanos, que estavam programados para acontecer na Argentina e, depois, na Colômbia. Os dois países tiveram problemas, e o COB se ofereceu para realizar a competição, que foi disputada em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belém.No mesmo ano, o Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos Jogos Pan-americanos 2007.No Pan 2003, o Brasil levou para Santo Domingo, na República Dominicana, sua maior delegação. Foram 467 atletas que ganharam 123 medalhas (29 de ouro, 40 de prata e 54 de bronze).No ano seguinte, a passagem da Tocha Olímpica dos Jogos Olímpicos Atenas 2004 pelo Rio de Janeiro atraiu cerca de 1,4 milhão de pessoas em um percurso de 49 km.Na Grécia, o Brasil conquistou o melhor resultado da história: cinco medalhas de ouro (duas na vela e uma no vôlei masculino, no hipismo e no vôlei de praia), duas de prata (vôlei de praia e futebol feminino) e três de bronze (duas no judô e uma no atletismo). O país ficou na 16a posição, pela primeira vez entre os 20 primeiros do quadro geral de medalhas.
Desenvolvimento estudantil (2005 - 2006)Em 2005, o COB criou as Olimpíadas Escolares, que passariam a se chamar Jogos Escolares da Juventude, em parceria com o Ministério do Esporte. A competição tem o objetivo de promover a inclusão social por meio do esporte, complementar a educação pedagógica nas escolas das redes pública e privada, além de detectar novos talentos para o esporte brasileiro.No mesmo ano, COB, Ministério do Esporte e Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) inauguraram uma nova era para o esporte universitário no país com as Olimpíadas Universitárias.Em 2013, após dois ciclos de quatro anos, a CBDU assumiu integralmente a responsabilidade pela organização do evento, que passou a se chamar JUBs.
Pan inesquecível (2007 - 2008)Os Jogos Pan-americanos Rio 2007 receberam 5.633 atletas de 42 países que disputaram 47 modalidades. Na competição, o Brasil estabeleceu o recorde de 161 medalhas, com 54 ouros, 40 pratas e 67 bronzes, e ficou em 3º lugar no quadro geral.O Rio 2007 foi um divisor de águas na história dos Pans pelo conjunto de inovações, serviços, divulgação, estrutura e projeção assegurados aos atletas.No Parapan, foram 1.115 atletas, 25 delegações, e dez modalidades disputadas. O Brasil ficou em primeiro em número de medalhas.Em setembro do mesmo ano, o COB apresentou a postulação da cidade do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Em junho, o Rio passou à fase final do processo, como cidade candidata.No ano seguinte, o esporte brasileiro começou os Jogos Olímpicos Pequim 2008 com dois recordes: número de participantes (277) e de modalidades disputadas (32).Durante a competição, o Time Brasil manteve a evolução qualitativa alcançada nos anos anteriores, chegou a 38 finais e conquistou 17 medalhas, sendo três de ouro (natação, vôlei feminino e atletismo, com a primeira mulher em disputa individual e o primeiro time feminino campeões), quatro de prata (vela, vôlei de praia, futebol feminino e vôlei masculino) e dez de bronze (três no judô, duas no atletismo e uma na natação, no taekwondo, na vela, no vôlei de praia e no futebol masculino).Os Jogos Olímpicos são do Brasil (2009 - 2010)
O Rio de Janeiro foi escolhido sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 na 121ª Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), em Copenhague, na Dinamarca, em 2 de outubro de 2009.O Rio venceu a rodada final de votação por 66 votos contra 32 da outra finalista, Madri (ESP). As demais concorrentes eram Chicago, que saiu na primeira rodada, e Tóquio.Em 2010, foi criado o Time Rio, projeto em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro que investiu em suporte para atletas, com estrutura altamente profissional. Paralelamente, foi inaugurado o Centro de Treinamento de Taekwondo, primeira etapa de um projeto maior, o Centro de Treinamento Time Brasil.Naquele ano, o COB enviou atletas para três importantes eventos do calendário mundial: os Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver (CAN), a primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura, e os Jogos Sul-americanos, em Medellín (COL).Em Cingapura, o Brasil competiu com 81 atletas, conquistou sete medalhas (três de ouro, três de prata e uma de bronze) e participou de 33 finais olímpicas, (15 masculinas e 18 femininas) em 14 modalidades. -
Anos 2010
Rumo aos Jogos Rio 2016 (2011)
O ano marcou a atualização do plano estratégico do COB para colocar e manter o Brasil entre as potências olímpicas, com metas ambiciosas para 2016.Foram contratados consultores especializados em alto rendimento; o Time Rio se consolidou; foi implementado o Instituto Olímpico Brasileiro; foi criada a Gerência de Projetos Especiais e foi ampliado o Centro de Treinamento Time Brasil.A entidade também usou modelos de sucesso adotados em empresas privadas, que foram adaptados para dar sustentabilidade ao projeto e nortear a organização, estabelecendo parâmetros, atribuições e métricas.Em outubro, o Brasil levou 515 atletas para disputar os Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011. A equipe classificou 24 atletas para os Jogos Olímpicos Londres 2012 e conquistou 141 medalhas, consolidando o Brasil em segundo lugar no quadro geral de medalhas, melhor resultado de uma delegação brasileirano evento.Crescimento visível (2012)
Em Londres, o Brasil mostrou grande evolução e conquistou o maior número de pódios em participações olímpicas. Os brasileiros voltaram com 17 medalhas, sendo três de ouro (judô, ginástica artística e vôlei feminino), cinco de prata (natação, boxe, vôlei de praia, vôlei masculino e futebol masculino) e nove de bronze (três do judô, duas do boxe e uma na natação, da vela, do vôlei de praia, do pentatlo moderno).O país terminou o evento britânico na 14ª colocação pelo número total de medalhas, ao lado de Hungria e Espanha.A estrutura montada pelo COB em Londres demonstrou o nível de qualidade de serviços oferecido aos atletas e equipes, equiparando o Brasil às grandes potências do esporte mundial. O Centro de Treinamento Crystal Palace, exclusivo para o Time Brasil, a aplicação das ciências do esporte e a infraestrutura oferecidos foram uma prévia do que aconteceria nos Jogos Rio 2016.Em Londres foram dados passos fundamentais em direção às metas estabelecidas pelo Plano Estratégico do COB com o objetivo de tornar o Brasil uma das dez maiores potências olímpicas em 2016 e mantê-lo nesse patamar pelos Jogos seguintes.Um degrau rumo a 2016 (2013)
O ano de 2013 foi o melhor pós-olímpico do Brasil. Os brasileiros conquistaram 27 medalhas em Campeonatos Mundiais ou competições similares, número recorde em um só ano –para efeito de comparação, em 2009, após os Jogos de Pequim, foram nove medalhas.O Brasil subiu ao pódio nos MUndiais das seguintes modalidades: Boxe (2), Canoagem (1), Ginástica artística (1), Handebol (1), Hipismo (1), Judô (6), Maratona aquática (2), Natação (4), Pentatlo moderno (1), Taekwondo (1), Vela (3), Vôlei (2) e Vôlei de praia (2).Destaque especial para as medalhas de ouro do handebol feminino, feito inédito na modalidade; de Rafaela Silva, a primeira do judô feminino em Campeonatos Mundiais; de Arthur Zanetti, da ginástica artística, que se tornou campeão olímpico e mundial; de Jorge Zarif, na vela, campeão mundial júnior e open no mesmo ano; de Robert Scheidt, também na vela; de Poliana Okimoto, na maratona aquática; e da seleção feminina de vôlei, vencedora do Grand Prix.Vale ressaltar, ainda, que as 27 medalhas foram conquistadas em 13 modalidades diferentes, outro recorde.100 anos do COB (2014)
O Time Brasil teve sua marca relançada em 2014 para estampar, além dos tradicionais uniformes, uma gama de produtos licenciados.Outra marca relançada no mesmo ano foi a do COB, agora com mais destaque à bandeira verde-e-amarela e aos aros olímpicos. A nova nomenclatura da entidade – Comitê Olímpico do Brasil – foi escolhida depois de pesquisas apontarem que o público se identificava mais com a palavra Brasil, um procedimento similar ao adotado por outros Comitês Olímpicos Nacionais.O relançamento das marcas coincidiu com a comemoração dos 100 anos de fundação do Comitê Olímpico do Brasil, completados em 2014.Ainda nesse ano, nos Jogos Olímpicos da Juventude (para atletas com idades entre 14 e 18 anos), o Time Brasil competiu com 97 atletas, a segunda maior delegação do evento, atrás apenas da anfitriã, China, com 123.No total, os brasileiros conquistaram 15 medalhas (6 de ouro, 8 de prata e 1 de bronze), mais do que o dobro da edição anterior, em Cingapura, quando foram conquistadas sete.Toronto: um ótimo teste (2015)
O ano de 2015, o último do ciclo olímpico antes dos Jogos Rio 2016, apresentou resultados bastante satisfatórios, demonstrando que o Comitê Olímpico do Brasil seguiu no caminho certo em relação à competição multiesportiva mais importante da história do esporte brasileiro.Nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015, o Time Brasil conquistou 141 medalhas (42 de ouro, 39 de prata e 60 de bronze), ficando em terceiro lugar no quadro total da competição, atrás apenas dos Estados Unidos (265) e do anfitrião Canadá (217). O saldo foi extremamente positivo já que a delegação era composta por 70% de estreantes em Jogos Pan-americanos.O quadro de medalhas comprovou o crescimento sustentável do esporte olímpico brasileiro. Desde os Jogos Rio 2007, o Brasil figurou entre os três primeiros no número total de medalhas da competição.Em Toronto, o país chegou à frente de Cuba, quarta colocada, no total de medalhas (141 a 97) e também no número de ouros (41 a 36) após 48 anos.O Brasil igualou o total de medalhas conquistadas na edição anterior dos Jogos, em Guadalajara 2011. Dos 590 atletas brasileiros inscritos, recorde em Jogos Pan-americanos fora do Brasil, 442 disputaram medalhas e 304 chegaram ao pódio (52%).Jogos Olímpicos Rio 2016; o momento mais aguardado (2016)Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, em casa, os atletas brasileiros superaram o recorde de medalhas do país na competição. Foram 19 pódios e sete ouros, outra marca inédita.O Time Brasil foi campeão nas disputas de judô, atletismo, boxe, vela, vôlei de praia, vôlei masculino e futebol e ainda conquistou seis pratas (duas na ginástica artística, duas na canoagem e uma no tiro esportivo e no vôlei de praia) e seis bronzes (duas no judô e uma na ginástica artística, na natação, na canoagem e no taekwondo).O Brasil figurou em 12º lugar no quadro geral, ficando a apenas três pódios de atingir a meta dos dez primeiros países pelo número total de medalhas.Uma das principais vitórias nos Jogos Olímpicos, prevista no Planejamento Estratégico, foi o aumento do leque de modalidades com conquistas de medalhas: 12.Foram inúmeros os destaques esportivos do Time Brasil no Rio 2016. As três medalhas de Isaquias Queiroz, algo inédito na história olímpica brasileira, os primeiros ouros do boxe e do futebol masculino e a medalha do tiro esportivo depois de quase 100 anos, entre outros.Outro ponto positivo foi o aumento de quase 100% de participações nas finais em relação a Londres 2012. Foram 71 finais no Rio de Janeiro e 36 nos Jogos anteriores.O momento mais aguardado (2016)
Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, em casa, os atletas brasileiros superaram o recorde de medalhas do país na competição. Foram 19 pódios e sete ouros, outra marca inédita.O Time Brasil foi campeão nas disputas de judô, atletismo, boxe, vela, vôlei de praia, vôlei masculino e futebol e ainda conquistou seis pratas (duas na ginástica artística, duas na canoagem e uma no tiro esportivo e no vôlei de praia) e seis bronzes (duas no judô e uma na ginástica artística, na natação, na canoagem e no taekwondo).O Brasil figurou em 12º lugar no quadro geral, ficando a apenas três pódios de atingir a meta dos dez primeiros países pelo número total de medalhas.Uma das principais vitórias nos Jogos Olímpicos, prevista no Planejamento Estratégico, foi o aumento do leque de modalidades com conquistas de medalhas: 12.Foram inúmeros os destaques esportivos do Time Brasil no Rio 2016. As três medalhas de Isaquias Queiroz, algo inédito na história olímpica brasileira, os primeiros ouros do boxe e do futebol masculino e a medalha do tiro esportivo depois de quase 100 anos, entre outros.Outro ponto positivo foi o aumento de quase 100% de participações nas finais em relação a Londres 2012. Foram 71 finais no Rio de Janeiro e 36 nos Jogos anteriores.